REVIEW DOCTOR WHO S09E05 - THE GIRL WHO DIED

E se você descobrisse que a morte é uma habilidade?

PODCAST #18 - POR QUE ASSISTIR DOCTOR WHO ♥

Aqui discutimos sobre o porque Doctor Who, considerada a série mais antiga viva deve ser assistida. Vamos ouvir?

CRÍTICA AO FILME: PERDIDO EM MARTE

Que tal dar uma espiada na nossa mais nova crítica?

CRITICA DO LIVRO: ATÉ O FIM DA QUEDA

Que tal parar pra ler um pouco de literatura nacional fantástica?

SEMANA DO TERROR

Gostosura ou travessura? Essa semana trazemos nada mais nada menos que calafrios de te tremer a espinha. Que tal dar uma olhada em nossas travessuras diárias? Clica vai!

sábado, 28 de fevereiro de 2015

(Review da temporada) Marvel Agent Carter






O texto a seguir contém spoilers

Após os dois primeiros capítulos em que vemos o seriado se vender como produto derivado do longa de Capitão América. A partir do terceiro episódio os roteiristas decidiram demonstrar o quão a figura da Agent Carter pode se sustentar sozinha.

A trama mais lenta nos capítulos três e quatro traz a chance para o desenvolvimento dos personagens, onde temos um pouco mais de conhecimento sobre passado de Jarvis. E o envolvimento de Howard Stark (Dominic Cooper) com Peggy. O mundo de invenções de Stark, que dá espaço para o humor está atrelado ao fato dele desconhecer como suas próprias invenções funcionam. Sem contar seu lado galanteador para um histórico de promiscuidade, que em todo momento é enfatizado. Mais uma vez a participação de Stan Lee em suas séries foi de costume em uma cena contracenada com Howard Stark. Apesar, de Peggy manter seu disfarce é bom lembrar que a série se passa na década de 40, quando se vivia em uma sociedade extremamente machista. E em determinado momento ela quase se deixa levar pelo fato de ser uma mulher forte, e requerer da missão cumprida um voto de confiança.



Nos capítulos que seguem podemos observar uma mudança de cenário que ocorre já no capítulo cinco, o que acarreta na tensão que levará até o final da temporada. E o nome Leviatã se torna mais evidente. Os mistérios que circulavam o “massacre” em Finow tomam rumo, após os agentes resgatarem Johann Fennhoff um psiquiatra Russo com o dom do hipnotismo. E logo se mostra um dos braços de Leavitã, que se infiltrará na SSR (Strategic Scientific Reserve, agência que mais tarde será absorvida pela SHIELD). Na metade da série é perceptível o triângulo amoroso montado entre o agente Jack Thompson (Chad Michael Murray), Daniel Souza (Enver Gjokaj) para com a inglesa Peggy, que eles ainda a vêem como uma donzela em perigo. E mesmo seu chefe Roger Dooley (Shea Whigham), não a leva a sério.
O consolo de Carter ocorre nas cenas com Angie Martinell (Lindsy Fonseca) sua melhor amiga e garçonete, que almeja ser uma atriz. Nos momentos em que mais a protagonista precisa, ela vai estar lá para suprir essa necessidade. A volta de Dum-Dum Dugan (Neal McDonough) estabelece um ponto de ruptura na série, quando dá indícios sobre a possível fonte de criação da Viúva Negra, assim que a vilã Dottie Underwood (Bridget Regan) começa a se mover. E também a ligação com o vilão Dr Fausto (Ralph Brown) e o programa de criação do Soldado Invernal. 

No que diz respeito aos aspectos técnicos as produtoras executivas Tara Butters e Michelle Fazekas fizeram questão de construir cenas nostálgicas para os leitores de quadrinhos. Ao estilo de filmes antigos a cena no capítulo quatro em que o Jarvis está discutindo com dois capangas de uma gangue e a jogada de sombra na parede de proximidade da Agent Carter, prova o quão atentas as produtoras foram em memorizar seu público mais tradicional.

Um ponto de destaque do seriado é o figurino (feito por Giovanna Ottobre-Melton), nos inconfundíveis ternos e gravatas aos rapazes e nos vestidos que demonstram a feminilidade e a força para as mulheres. A atmosfera da base da SSR, escondida por uma empresa telefônica, o hotel para moças e o restaurante de época são apenas algumas das construções que nos permite imergir na década de 40 com muito louvor. Sem esquecer da rádio-novela que romantiza as aventuras do Capitão América ao lado de uma tal Betty Carver.
O tom de melancolia levantado no início da temporada chega ao seu fim com um ar de superação, no qual Peggy percebe que deve superar a “morte” de Steve Rogers. Essa primeira temporada foi capaz de mostrar que não é preciso ser exatamente fã de quadrinhos para se assistir Agent Carter. E Hayley Atwell (Peggy Carter) foi capaz de se constituir numa excelente possibilidade para um espaço para uma personagem feminina na Marvel. Agora é esperar o anúncio de uma segunda temporada para acompanharmos em primeira mão Peggy se tornando a lendária agente da SHIELD.


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Live Long and Prosper: Leonard Nimoy




É com pesar que viemos publicar essa matéria em homenagem ao ator que fez a infância e uma vivência mais feliz ao mundo nerd.

Leonard Nimoy, o homem que ficou marcado como o Vulcano Spock. Parte da tropa estrelar Enterprise da serie de tv Star Trek. Além de atuar Nimoy era poeta, fotógrafo e músico. Mas foi em Spock que ele encontrou o herói que todos viriam a amar e se identificar. Dando vida a um dos personagens mais icônicos da tv no século 20. Uma mente genial, intolerante, mas com um coração enorme. Eternizado pela frase “Live Long and Prosper” (na língua vulcana  “Dif-tor heh smusma”). 
Sem se dar conta da magnitude de seu personagem escreveu duas autobiografias. Uma intitulada de “I’m not Spock” em 1977. “I Am Spock” em 1995.

 “Mesmo hoje, eu sinto as falas vulcanas, as atitudes e até mesmo a emoção de ser um Vulcano, está impregnado no meu comportamento” Nimoy escreveu alguns anos após a série Star Trek acabar. E declarou que se lhe fosse lhe dada a escolha, ele escolheria ser Spock.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Podcast No.4: O que é uma boa literatura?




E aí pessoal! Nesse podcast teremos um tema mais polêmico. Ultra Boy, Zekken, Lireth e Ilúvatar debatem sobre o que é uma boa literatura?. Nele falaremos sobre os clássicos brasileiros, as salas de aula e a literatura de fora. Confiram!

Link para download: https://mega.co.nz/#!dMJXkIya!Ia4-XNDF9qKqgwB4Jlzube87GXgmaHr_E1dvbxh11QI

Soundtrack:
 One Republic - Good Life
 Sugarland - Stuck Like Glue
 Simon & Garfunkel - Mrs. Robinson
 Foster The People - Call It What you want
 Oh Land - Sun of a Gun
 Akdong Musician (AkMu) - Melted
 Christina Perri - Sea Of Lovers
 The Preatures - Somebody's Talking
 Akdong Musician - Anyway]
 Vampire Weekend - Ladies of Cambridge
 Oh Land - Rainbow
 Will Butler - Anna

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Vencedores do Oscar

Agora a pouco terminou a 87ª edição da premiação mais famosa do cinema, o Oscar. 'O grande hotel Budapeste' e 'Birdman' foram os grandes vencedores da noite com 4 estatuetas cada, já 'Whiplash' veio logo atrás com 3. Veja a lista dos vencedores logo abaixo:
Melhor filme:
"Sniper americano"
"Birdman"
"Boyhood: Da infância à juventude"
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Selma"
"A teoria de tudo"
"Whiplash"

Melhor diretor:
Alejandro Gonzáles Iñárritu ("Birdman")
Richard Linklater ("Boyhood")
Bennett Miller ("Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo")
Wes Anderson ("O grande hotel Budapeste")
Morten Tyldum ("O jogo da imitação")
Melhor ator:
Steve Carell ("Foxcatcher")
Bradley Cooper ("Sniper americano")
Benedict Cumberbatch ("O jogo da imitação")
Michael Keaton ("Birdman")
Eddie Redmayne ("A teoria de tudo")
Melhor atriz:
Marion Cotillard ("Dois dias, uma noite")
Felicity Jones ("A teoria de tudo")
Julianne Moore ("Para sempre Alice")
Rosamund Pike ("Garota exemplar")
Reese Witherspoon ("Livre")
Melhor ator coadjuvante:
Robert Duvall ("O juiz")
Ethan Hawke ("Boyhood")
Edward Norton ("Birdman")
Mark Ruffalo ("Foxcatcher")
J.K. Simmons ("Whiplash")
Melhor atriz coadjuvante:
Patricia Arquette ("Boyhood")
Laura Dern ("Livre")
Keira Knightley ("O jogo da imitação")
Emma Stone ("Birdman")
Meryl Streep ("Caminhos da floresta")

Melhor figurino:
"O grande hotel Budapeste"
"Vício inerente"
"Caminhos da floresta"
"Malévola"
"Sr. Turner"
Melhor maquiagem e cabelo:
"Foxcatcher"
"O grande hotel Budapeste"
"Guardiões da Galáxia"
Melhor filme em língua estrangeira:
"Ida" (Polônia)
"Leviatã" (Rússia)
"Tangerines" (Estônia)
"Timbuktu" (Mauritânia)
"Relatos selvagens" (Argentina)
Melhor curta-metragem:
"Aya"
"Boogaloo and Graham"
"Butter lamp (La lampe au beurre de Yak)"
"Parvaneh"
"The phone call"
Melhor documentário em curta-metragem:
"Crisis Hotline: Veterans Press 1"
"Joanna"
"Our curse"
“The reaper (La Parka)"
"White earth"
Melhor mixagem de som:
"Sniper americano"
"Birdman"
"Interestelar"
"Invencível"
"Whiplash"
Melhor edição de som:
"Sniper americano"
"Birdman"
"O hobbit: A batalha dos cinco exércitos"
"Interestelar"
"Invencível"
Melhores efeitos visuais:
"Capitão América 2: O soldado invernal"
"Planeta dos macacos: O confronto"
"Guardiões da Galáxia"
"Interestelar"
"X-Men: Dias de um futuro esquecido"
Melhor animação em curta-metragem:
"The bigger picture"
"The dam keeper"
"Feast"
"Me and my moulton"
"A single life"

Melhor animação:
"Operação Big Hero"
"Como treinar o seu dragão 2"
"Os Boxtrolls"
"Song of the sea"
"O conto da princesa Kaguya"

Melhor design de produção:
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Interestelar"
"Caminhos da floresta"
"Sr. Turner"
Melhor fotografia:
Emmanuel Lubezki ("Birdman")
Robert Yeoman ("O grande hotel Budapeste")
Lukasz Zal e Ryszard Lenczewski ("Ida")
Dick Pope ("Sr. Turner")
Roger Deakins ("Invencível")
Melhor montagem:
"Sniper americano"
"Boyhood"
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Whiplash"
Melhor documentário
"O Sal da Terra"
"CitizenFour"
"Finding Vivian Maier"
"Last days"
"Virunga"
Melhor canção
"Everything is awesome", de Shawn Patterson ("Uma aventura Lego")
"Glory", de John Stephens e Lonnie Lynn ("Selma")
"Grateful", de Diane Warren ("Além das luzes")
"I'm not gonna miss you", de Glen Campbell e Julian Raymond ("Glen Campbell…I'll be me")
"Lost Stars", de Gregg Alexander e Danielle Brisebois ("Mesmo se nada der certo")
Melhor trilha sonora
Alexandre Desplat ("O grande hotel Budapeste")
Alexandre Desplat ("O jogo da imitação")
Hans Zimmer ("Interestelar")
Gary Yershon ("Sr. Turner")
Jóhann Jóhannsson ("A teoria de tudo")
Melhor roteiro original
Alejandro G. Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo ("Birdman")
Richard Linklater ("Boyhood")
E. Max Frye e Dan Futterman ("Foxcatcher")
Wes Anderson e Hugo Guinness ("O grande hotel Budapeste")
Dan Gilroy ("O abutre")
Melhor roteiro adaptado
Jason Hall ("Sniper americano")
Graham Moore ("O jogo da imitação")
Paul Thomas Anderson ("Vício inerente")
Anthony McCarten ("A teoria de tudo")
Damien Chazelle ("Whiplash")

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Oh Clementine, oh Clementine.

            
   

Salve, salve galera do Senta ai, aqui quem vos fala vindo da outra dimensão é novamente o Aziraphale, porém dessa vez não venho discorrer sobre um manga e sim a análise de alguns games que foram lançados recentemente e com toda certeza são dignos de nota.
               Primeiramente vamos analisar o Season Two de Walking Dead da Telltale, (Não confundir com o esquecível Walking Dead: The Survival Instinct desenvolvido pelo Terminal Reality e publicado pela Actvision, esse sim um dos piores jogos de 2013)
               Bem primeiro vamos explicar como funcionam os jogos da Telltale, que é conhecida por seus jogos de franquias renomadas. Além de Walking Dead, possuem jogos como Wolf Among Us(que será minha outra resenha e é baseado na HQ Vertigo Fábulas) Back to the Future, Jurassic Park, Sam and Max, Monkey island. E mais recentemente Game of Thrones Tales From Borderlands, e Minecraft Story Mode, os dois últimos games baseados em games famosos, enfim os jogos da produtora são como os clássicos de PC da época em que estúdios como a LucasArts do George Lucas investia em peso nos games de PC, com adventures point and click, aquele em que você só utiliza o seu cérebro e o mouse, entra em um mundo incrível e resolve enigmas, puzzles e charadas, além de lutar às vezes tudo com um clique (ou vários RS).
               Enfim a Telltale segue o estilo de point and click, porém adaptado a um controle de PS3, Xbox 360, ou seus sucessores PS4, Xbox One, ou mesmo o portátil Vita da Sony, além de ter a versão para PCs também, bem antes de começar vamos fazer um breve resumo da Season One de Walking Dead foi lançada como sempre em capítulos, cinco na realidade, que foram lançados ao longo do ano de 2012, sendo um sucesso total de crítica e público, atingindo ótimas vendas e se consagrando melhor jogo de 2012.

Nesse primeiro jogo, nos encontramos com Lee, um personagem com um passado sombrio, que acaba de fugir de uma viatura de policia quando o apocalipse zumbi começou logo de inicio ele entra em uma casa onde encontramos outra personagem chave, a pequena Clementine, uma garotinha de oito anos nesse inicio da Season One, o jogo teve supervisão de Robert Kirkman criador da série de HQs, mas ele deu toda liberdade aos criadores do jogo, tanto que só aparecem três personagens da HQ no jogo o Hershel Greene, o Shawn Greene e o Glenn Rhee, mas o jogo é baseado em escolhas que você faz o tempo todo, e elas afetam o futuro do jogo, apesar de o fim ser o mesmo, as atitudes e formas que os personagens reagem mudam de acordo com suas escolhas, no fim você acaba tendo escolhas bem duras e difíceis para fazer, muitas vezes chega a se arrepender das escolhas, mas a graça está em não voltar atrás nelas, e agüentar o tranco, enfim ao longo dos capítulos outros personagens aparecem e entram no grupo, até a fatídica escolha final.
 Mas sem spoiler, vamos a analise da Season Two(lançada ao longo de 2014), nela você começa jogando com a Clementine que já está com 11 anos, o jogo seguindo exatamente o mesmo estilo, escolhas e suas conseqüências, porém nesse quesito isso é até mais intensificado, uma coisa que merece ser dita, a Clementine por diversas vezes toma a escolha por um grupo de adultos, isso é meio inverossímil em um mundo tão ferrado como esse, mesmo sem ter como fugir acredito que mereça tirar pontos do jogo nesse quesito. No quesito gráficos o jogo segue o mesmo padrão do anterior, não é nada absurdo, mas também cumpre bem seu papel, o principal nos games da Telltale, isso vale para todos, é o roteiro, a história empolga, e você se importa com os personagens, tenta fazer o melhor por todos, nessa segunda temporada temos também um vilão que realmente nos faz ter ódio puro dele, algo como o Governador, em menor escala, enfim, o jogo é parada obrigatória para os fãs da HQ, da série de TV, ou de qualquer adventure Point and Click, por que isso foi o que a Telltale fez de melhor, nos trouxe de volta um estilo de jogo esquecido, mas que fez a infância de muito player.

Ps:. Entre a Season One e a Season Two foi lançado um DLC (extra pago) chamado 400days, é recomendável antes de se jogar a Season Two, jogar a Season One(obviamente) e esse DLC, já que ajudam a entender a história e o contexto do jogo.
               Ps:. Deve sair o primeiro capitulo da Season Three ainda esse ano.
Sem mais vou dar uma voltinha até Saturno e volto daqui a pouco para outra resenha, como viajo a muitas vezes a velocidade da luz deve ser rápido, isso se eu não tiver problemas, bem enquanto isso senta aí que vamos trazer cada vez mais para vocês...


Nota:Season One: 10 Season Two: 8,5

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Crítica 50 tons de Cinza

A estreia dessa semana nos cinemas brasileiros e mundiais, foi a adaptação de um dos livros mais polêmicos dos últimos anos. Vindo de uma fanfic da série “Crepúsculo”, 50 tons de Cinza narra à estória de Anastasia Steele (Dakota Johnson), uma estudante de literatura inglesa de 21 anos. Certo dia, ela realiza uma entrevista para o jornal da faculdade com o jovem magnata Christian Grey (Jamie Dornan). Depois disso, nasce uma relação amorosa e sexual entre as duas personagens, com prazeres sadomasoquistas.
 Os pontos positivos de todo o longa são bem poucos. Começando com a atriz Dakota Johnson, que tenta realizar o máximo de dramaticidade e juventude, que o papel exige, mas, extremamente mal dirigida, ela não consegue se sobressair. Continuando com a trilha sonora, que é bem interessante, conseguindo se encaixar relativamente bem com as cenas. Por último, a fotografia do filme, que não é vislumbrante, faz um papel interessante na linha narrativa, conseguindo dar uma continuidade boa à trama.
 Os pontos negativos começam o terrível roteiro. Mal escrito, realizado e com diálogos deveras horríveis. A vontade do espectador em muitos momentos é rir pelas linhas de diálogo absurdas. Em segundo lugar, a péssima direção. A película foi dirigida por Sam Taylor-Johnson (diretora do maravilhoso O garoto de Liverpool), que parecia não entender que linha pretendia seguir. Ora alternando pontos de vista, ora com uma câmera estranha, a diretora parecia não saber o que queria com toda a estória. Mais um ponto extremamente negativo é a edição. Muito mal feita e deixando um filme de duas horas parecendo durar de três a quatro. Por último, o horroroso desempenho de Jamie Dornan como Christian Grey. É terrível ver a quase nenhuma mudança no rosto do artista e a interação quase nula com a cena.
 A grande polêmica em torno dos livros e do filme seriam as cenas de sexo, que só demonstraram o quanto o filme é ruim. Essas cenas são extremamente mal dirigidas e quando tentam buscar um desconforto no espectador, faz esses mesmo rirem pelo ridiculo. Além disso, essas cenas são bem rápidas e acontecem até em bem poucos momentos dos 125 minutos de longa.
 O final do filme deixa em aberto tudo que pode acontecer dali pra frente. Com o sucesso repentino, devemos esperar continuações dessas horripilantes obras, infelizmente.
 Cinquenta tons de cinza é uma das piores películas dos últimos anos. Conseguindo se salvar em pouquíssimos pontos, mas sendo extremamente ruim no resto, essa estória demonstra o quanto ainda se podem criar obras extremamente ruins. Ao final do longa, o alívio virá ao espectador e a vontade de rever 30 vezes “O poderoso chefão” para voltar a gostar do cinema.


Nota: 1,8/10

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Podcast No.3: As séries mais esperadas de 2015




E ai galera! Está no ar nosso terceiro podcast! Nele falaremos das séries que estreiam em 2015 que mais aguardamos. Ultra Boy, Zekken, Ilúvatar, Líreth e a convidada Melina, falarão bastante sobre cada um dos grandes seriados que irão estreiar. Confiram!

Links adicionais:
Better Call Saul - http://www.adorocinema.com/series/serie-16950/
Izombie - http://www.adorocinema.com/series/serie-17055/
Demodilor - http://www.adorocinema.com/series/serie-17050/
Gotham - http://www.adorocinema.com/series/serie-16973/
Unbreakable Kimmy Schmidt - http://www.adorocinema.com/series/serie-17040/
Transparent - http://www.adorocinema.com/series/serie-16877/
The last man on earth - http://www.adorocinema.com/series/serie-17329/
Hannibal - http://www.adorocinema.com/series/serie-10545/
American Crime - http://www.adorocinema.com/series/serie-17031/
American Crime Story - http://www.adorocinema.com/series/serie-18227/

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Crítica: O Grande Hotel Budapeste


A produção tem início na fictícia República de Zubrowka, na Europa da década de 30, e narra as aventuras do concierge Gustave H. (Ralph Fiennes) e de Zero Moustafa (Tony Revolori, jovem, e F. Murray Abraham, adulto), mensageiro que se torna seu inseparável amigo. Os dois trabalham no hotel que dá título ao filme numa região alpina do Leste Europeu. Excêntrico, amante de poesia, perfumes e senhoras mais velhas, o gerente se vê vítima de uma conspiração quando sua adorada Madame D (Tilda Swinton, envelhecida com maquiagem) é encontrada morta.
A trama fica ainda mais interessante com a “introdução” feita pelo Autor australiano Stefan Zweig que aparece no filme. De fato, Zweig sempre foi inspirado por histórias reais que ele ouviu de outras pessoas e, especialmente, pelas próprias vivências, paisagens e pessoas que ele encontrou pelos diferentes lugares por onde esteve. Quem vive da arte, seja ela escrita, filmada ou cheia de acordes, sabe o quanto a inspiração surge após grande observação, muita audição, sensibilidade nos tratos e trabalho duro. Com Zweig, como com tantos outros, foi assim.
As repetições nos diálogos constituem o estilo narrativo do diretor, que poderia parecer incoerente e quem sabe inconstante, entretanto, é na repetição que está uma das partes mais deliciosas do roteiro, pois é nesse instante que lhe confere a risada perante a cena. O design de produção, a direção de fotografia, a direção de arte e os efeitos visuais são dignos de aplausos. Mais ainda se considerar os doces servidos por Agatha (Saoirse Ronan), quando em diversos momentos está presente no filme exalando sua beleza de mais glacê e pouco recheio.
O contexto de invasão militar vai aparecendo aos poucos no filme, até que ele se consolida com a “ocupação” dos homens que lembram os nazistas no hotel. Mas antes e depois deste ponto, em duas sequências no trem, a mensagem de indignação de Zweig ficam muito evidentes.
Quem olha apenas para a cobertura cheia de glacê de The Grand Budapest Hotel vê somente o apuro visual e as interpretações inspiradas do elenco, com destaque para a dobradinha da dupla Ralph Fiennes (como o concierge original do hotel, o Monsier Gustave) e Tony Revolori (como o mensageiro, o “lobby boy”, Zero). E na dupla de vilões Dmitri (Adrien Brody), herdeiro de Madame D. que não aceita repartir nada da riqueza da mulher com M. Gustave; e também na crueldade do capataz de Dmitri, o impassível Jopling (Willem Dafoe em um grande trabalho).

A salada mista é valorizada por um ótimo elenco, mas só ganha interesse real quando fazemos um paralelo de tudo que vimos com a história de Zweig. A película certamente, é ainda mais bonita quando lembrada, seja por seu espetáculo visual ou mesmo por suas ambientações sórdidas cheias de perseguições.
A homenagem nos créditos finais faz a produção ter um outro sabor, escondido por baixo de tanto glacê. Apesar de divertido em muitos momentos, romântico em alguns lampejos e veloz durante os momentos de ação, The Grand Budapest Hotel é um filme sobre princípios e sobre a poesia que resiste em momentos em que a realidade toda parece dominada pela crueldade. Digno.

O longa que cativa pela proposta, mais do que pelo resultado final. Está com o dedo do originalista Wes Anderson. Incrível como seu cinema é expressivo e repleto de uma visão artística incomensurável, capaz de nos mergulhar sob sua narrativa tão intensamente, que vezes nos faz sentir dentro da própria película.

Nota: 10



Nota de pé da página: De vários aspectos técnicos pelo qual o filme se destaca eu particularmente fiquei ainda mais vislumbrado com a representação do autor na própria história. Pois na minha visão Zweig está representado em três personagens: no Autor, em M. Gustave e em Zero. No primeiro, por uma razão evidente: o Autor fala de seu trabalho e é relembrado gerações após gerações. No segundo, por causa da sensibilidade do personagem, um homem que é pacifista e que defende o direito de qualquer pessoa em ter liberdade e ter oportunidades, sendo valorizada conforme se dedica ao trabalho e a melhorar. E no caso de Zero, por ele ser judeu, perseguido, ávido por novidades e por aprender, e por ter uma história bonita de romance com Agatha – a exemplo de Zweig com Lotte. Mas cada um destes personagens pode ter sido apenas inspirado por Zweig, sem a intenção que nenhum deles representasse o autor.
E uma curiosidade sobre a produção: o nome da fictícia república de Zubrowka foi inspirado na vodca polonesa Zubrowka.
Wes Anderson rodou o filme em três formatos diferentes (1.37, 1.85 e 2.35:1) para demarcar ainda melhor e de forma visual os três períodos diferentes em que a história é ambientada: 1985, 1968 e 1930.
De acordo com o site Box Office Mojo, The Grand Budapest Hotel teria faturado pouco menos de US$ 58,8 milhões apenas nos Estados Unidos, e outros US$ 108 milhões nos demais mercados em que o filme estreou até o momento. Mesmo sem informações sobre o custo da produção, nada mal, não é?
Basta observar na própria filmografia de Wes Anderson para ver que este filme lembra diversos outros. Vale conferir clássicos recentes do cinema, como Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain. Mesmo bebendo de várias fontes, é fascinante ver como Anderson utiliza bem a tecnologia moderna e enquadramentos antigos, dos primeiros filmes do cinema, ainda na era preto e branco. Bela homenagem, e com muita propriedade.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Resenha n°1: Como eu era antes de você





Finalmente nossa tão esperada resenha, caro leitor! Hoje falaremos de nada mais, nada menos, que: Como eu era antes de você! (SIIIIM!)
Conhece esse livro? Não? Então, senta aí que vai começar a história!
Lançado em 2013 pela editora Intriseca, esse Romance de ficção da tão aclamada Jojo moyes, finalmente chegou as prateleiras das livrarias!
O livro começa de uma forma um tanto quanto inesperada, um acidente que muda a vida de uma família inteira. Porém, para a nossa surpresa o livro não retrata necessariamente o rumo dessa catástrofe. Ele não se torna enfadonho e nem um pouco previsível, por incrível que pareça, ele retrata como esse acidente pode mudar a vida de uma pessoa externa a ele.
Tudo começa com a nossa queridíssima Louisa Clark (protagonista) desempregada. Ela é uma típica britânica que leva um dia após o outro sem se preocupar necessariamente com o futuro, uma garota sem objetivos de vida e extremamente acomodada. Porém, o que impressiona conforme as páginas se seguem no livro, é o desenvolvimento da personagem, tratada com uma leveza quase imperceptível. Vemos a Lou praticamente crescer, suas mudanças e o seu modo de pensar mudarem com o tempo e amadurecerem, isso é incrível e tratado de uma forma excepcional.
Agora chegamos a parte complicada do livro e ele se chama: Will Traynor! Na minha humilde opinião ele é o personagem mais complexo do livro, sinceramente, ele faz você se questionar quanto a sua própria vida e ver as coisas de uma outra maneira. Will, foi quem sofreu o terrível acidente e  teve toda a sua vida modificada e,  de algum modo, teve que aprender a conviver com perdas. Entre elas, perda de movimento corporal. Sim, ele é tetraplégico.
Imagino que você deva estar pensando: Não vou ler mesmo esse livro, ele deve ser extremamente triste! E, até consigo entender esse seu pensamento, afinal, quando percebi sobre o que o livro tratava, fiquei extremamente desanimada. Porém, o que realmente impressiona é que em momento algum o livro te faz se sentir triste pelo Will, na verdade, ele faz com que você tenha uma visão diferente quanto aos deficientes físicos e  ter uma consciência critica em relação as dificuldades que eles passam. Nunca vi nenhum livro abordar o tema da maneira que a Jojo Moyes conseguiu.
No livro todo a deficiência é retratada não necessariamente como um problema, mas sim como um obstáculo a ser passado por cima e é extraordinário o modo como ela nos faz refletir sobre as nossas “míseras” dificuldades diárias.



Bem, apresentado os principais personagens, vamos as características do livro:
Leitura bem leve e extremamente solta, Jojo Moyes, nos segura pela sua fácil escrita, pontuação e paragrafação simples. Somos fisgados em suas 320 páginas no total, pelo seu modo de escrever e o livro se torna simplesmente impossível de parar de ler. Como dito acima, embora o tema seja algo triste e difícil de lidar, ela trata disso de uma forma incrível, onde, em momento algum, você vê a deficiência física como um problema necessariamente dito, mas sim, como um desafio a ser vencido e é basicamente quanto a isso que se estende todo o livro. Um livro que te estimula a vencer barreiras.
E querem saber o final?  Talvez muitos tenham odiado pela quebra de expectativa, mas é, sinceramente, o que mais marca no livro. A autora não deixa à decepcionar. Ela quebra toda a sua expectativa de final e coloca algo mais real, algo que supera quaisquer contos de fadas lido. Ela praticamente te dá um tapa na cara e te mostra o que é a vida.  Isso é sensacional! Ela traz toda a realidade possível e escreve no papel e quando você lê o final, pensa que não poderia ter sido realmente outra coisa. Curioso?

Bem, deixo vocês por aqui, que tal dar uma espiada nesse livro e descobrir se ele faz seu tipo ou não? Quem sabe você resolva ficar? 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Crítica Birdman

Se a moda no cinema no momento são os filmes de heróis, que tal um que venha criticar essa moda? Assim é que conhecemos Birdman. O longa trata da história Riggan Thomson (Michael Keaton), um ator que fez um extremo sucesso com uma franquia de filmes de herói chamada Birdman. Ele é reconhecido por esse grande sucesso, enquanto tenta dirigir e atuar em uma peça para a Broadway.
A primeira coisa a se falar de Bidman é: uma obra-prima. A começar pelas atuações perfeitas. Michael Keaton, Edward Norton e Emma Stone são os que mais se destacam, não é a toa que foram indicados ao Oscar. O maior destaque vai para o grande protagonista, pois Michael Keaton consegue criar três faces daquele personagem, em uma atuação de deixar qualquer pessoa de queixo caído. Apesar do destaque para o trio, todo o elenco de apoio tem atuações maravilhosas. Continuando pelo roteiro magnífico de Alejandro González Iñárritu. Extremamente bem feito e com diálogos memoráveis, ele conduz o expectador de maneira genial. A direção é realizada pelo próprio Alejandro, diretor do maravilhoso “Amores Brutos”, e é feita excelente. Toda a película é filmada para parecer como se fosse um grande plano-sequência, mas é possível perceber os cortes feitos (Uma dica é não tentar perceber cada corte, isso só aumenta o valor e toda a experiência do filme). Com isso é possível notar o quanto a direção é perfeitamente bem realizada.
Nos aspectos mais técnicos, Birdman se sobressai absurdamente. Começando pela trilha sonora, que sempre compõe muito bem toda a narrativa e em certos momentos é utilizada como elemento cômico. Por exemplo: Quando se ouve um som de uma bateria e ao personagem passar por um beco, há uma pessoa tocando uma bateria. A fotografia ajuda firmemente a completar o estado emocional dos personagens. Se escura, pode expressar raiva ou tensão. Se mais amarelada, uma maior liberdade daquele personagem.
O final do longa é um daqueles que podem ser extremamente debatidos. Seja pelo que acontece nos últimos frames antes do fade out, seja pelo futuro dos personagens a partir dali. Todo o desenvolvimento do roteiro faz com que os espectadores não consigam tirar da cabeça toda aquela estória e sua continuidade por um bom tempo.
Birdman é um daqueles filmes que não se vê nos cinemas todos os dias. Com atuações, roteiro, direção, trilha sonora, efeitos, fotografia e etc perfeitos, o longa merece de fato todas as indicações que recebeu no Oscar 2015. Agora cria-se uma dúvida na cabeça: qual filme torcer nos Oscar? Whiplash, Boyhood e Birdman vêm como os três melhores filmes para esse ano e dos últimos anos do cinema também, mas, além de torcer, todos os cinéfilos devem sorrir, pois os filmes geniais têm voltado a moda.


Nota: 10/10

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