sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Crítica Pequeno Principe

“O Pequeno Príncipe” está desde sempre no imaginário dos fãs de literatura. A emocionante obra conta a estória do pequeno príncipe, seu planeta, amizades e sua viagem pessoal e real. É um dos livros mais conhecidos e admirados mundialmente e, nesse ano de 2015, foi decido criar uma atualização da estória para um público mais infantil, com uma animação produzida na França.
 O longa conta a vida de uma garota que acabou de se mudar coma sua mãe, uma mulher controladora com a filha e que busca traçar totalmente o caminho dessa para aprovação numa conceituada escola. Entretanto, após a hélice do avião de seu vizinho quebrar uma parte da casa, ela acaba conhecendo o aviador. Logo se torna amiga de seu novo vizinho, o aviador, senhor que lhe conta a história do pequeno príncipe, vivendo num asteroide com sua rosa e que um dia encontra o aviador perdido no deserto do Saara.
 Achei que esse filme teria muitos pontos positivos comigo, mas infelizmente não foi o que aconteceu. A começar na parte em que vemos toda a narrativa do livro sendo contada, na qual é simplesmente perfeita. A animação em stop motion e a leveza dos personagens e dos diálogos encanta qualquer um. Eu, como fã do livro, fiquei extremamente emocionado em todos esses momentos que, infelizmente, são muito curtos para o tamanho dessa obra. Seguindo, com a ótima direção Mark Osborne (diretor de Kung Fu Panda). Seu olhar como diretor consegue dar um toque mais mágico no filme. Vi o longa dublado em português, no Brasil só vieram cópias assim, e não me desapontou. A dublagem está ótima e consegue dar um toque ótimo para toda a extensão da obra. Nesse ponto, apenas uma falha deve ser comentada que é na tradução dos objetos mostrados em tela. Das 1h40min passadas não vemos nada escrito em português e apenas em francês, algo que não é um problema, mas na última cena aparece o livro escrito em português. Para finalizar de pontos positivos, a belíssima fotografia deve ser destacada, principalmente na parte que é visto o real conto do livro, e a muito boa animação também.
 Pelo lado negativo, se pode começar com o roteiro. Além de alguns diálogos realmente ruins, esses em partes mais específicas do longa, o desenvolvimento de personagens não foi nada bom. Não é possível conseguir uma apatia com praticamente nenhum personagem durante toda a trama. O aviador, muito mais pela sua personalidade e não desenvolvimento, e o pequeno príncipe se salvam. A filha, protagonista da estória, me fez desgostar cada vez mais do que via em tela e sua mãe ainda mais. Seguindo, o filme tem dois atos bem ruins. O primeiro até se salva em muitos momentos, principalmente relacionado a parte da real estória da obra, mas os outros dois se perdem demais. No segundo, a repetição de muitas coisas torna simplesmente um filme repetitivo e o terceiro é péssimo, desde sua ideia original, diálogo, personagens e execução. Por fim, a duração do filme atrapalha e muito. Excessivamente grande e me peguei olhando pelo menos umas 5 vezes para o relógio.
 A finalização da película consegue até captar o público. Depois de 106 min, precisava-se de um final, no mínimo, descente, e isso, ao menos, é alcançado de uma forma bem boa. A grande questão é que parece não ser percebido a enorme quantidade de erros nessa atualização da obra. O objetivo do lucro parecia bem à frente de realizar um bom trabalho final para divertimento do público.
“O Pequeno Príncipe” não é nem de longe a obra que fãs do livro esperavam. Um filme com muitos problemas e alguns acertos, que até ajudaram a não ser um longa muito mais decepcionante. Essa obra busca um foco gigante na emoção do telespectador e creio que isso pode ajudar numa possível indicação ao Oscar de melhor animação no próximo ano, infelizmente. Parece que, mais uma vez, o ano segue e poucas animações ficarão lembradas na cabeça.

Nota: 5,2/10
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