quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Crítica – Kyoukai No Rinne (Anime)


Por Yuuko

Shinigamis sempre foram motivo de diversão em diversos animes, desde Bleach até Death Note. Mas não é sempre que se pode acertar; Kyoukai no Rinne tem uma premissa interessante, mas seu desenvolvimento é lento e simplório. A animação conta a história de Mamiya Sakura, uma garota capaz de ver espíritos desde um incidente quando criança, e de seu colega de sala, um menino meio humano e meio shinigami, Rokudo Rinne.
A Arte e Animação foram bem feitas, apesar de seguir o estilo de anime do fim dos anos 90, nos quais as expressões e lutas são mais simplórias e o desenvolvimento das personagens lento. Não quer dizer que todo anime dos anos 90 sejam ruins, errado, a maior parte é sim muito bom, porém alguns autores, quando se mantêm presos em um estilo acabam não evoluindo sua arte ou as suas histórias.
Este é o caso de Kyoukai no Rinne, a autora na verdade involuiu na sua forma de contar história, apesar de sua credibilidade como autora de Inuyasha e outros sucessos, Kyoukai no Rinne foi seu maior fracasso. Sendo salvo por uma boa equipe de animação e uma trilha sonora divertida (especialmente a segunda abertura da série, Ura no Ura (裏の裏) da Banda Passepied).
Talvez esta não seja a crítica mais completa, mas o asco que esta animação causou não pode ser descrito tão facilmente. A comparação com os trabalhos anteriores talvez faça este anime ser pior do que realmente é, porém é inegável a sua má qualidade.
Apesar de ter tido uma possível segunda temporada anunciada, não consigo crer que este anime possa vir ter a popularidade que outros da temporada estão tendo. Acredito que seu sucesso mínimo devesse a Inuyasha.
Kyoukai possui uma justificativa muito branda. Se você acompanhou qualquer um dos trabalhos de Takahashi Rumiko (Ex.: Inuyasha, Ranma 1/2) você pode ver que este trabalho é sem imaginação e sem graça. As piadas não são engraçadas, os personagens não são convincentes além de que tudo nessa trama clichê é acentuada pela permanência do estilo antigo de se fazer mangá.
Mamiya Sakura é a personagem principal mais sem sal, sem graça e sem carisma que a já foi produzido. Ela é praticamente inativa na trama e muito distante do público. Até mesmo o jeito com que ela está relacionada a trama principal torna tudo mais tediante. As coisas acontecem ao seu redor, mas ela não tem uma única pista, mesmo todo o problema sendo óbvio e simples. Ela sempre lida com o mundo ao redor dela com um: "Oh, isso é mesmo estranho", mas não faz nada para entender a situação. Só nos últimos episódios que ela passa a fazer alguma coisa, mas assemelha-se a forçar um fim. Todos os outros personagens são da mesma maneira, incluindo o Rokudou Rinne. Todos têm um potencial de serem grandes personagens, mas nenhum foi realmente bem aproveitado, por isso eu considero este anime muito decepcionante, e eu não poderia recomendar este a ninguém.


Acredito que a nota que este anime vai receber será maior do que ele merece devido a Hitomi Nabatame (Dubladora do Rokumon) e o Takeshi Takadera (Diretor de Som) por transformarem essa animação em algo um pouco menos tedioso.


Nota: 5.3
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