segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Crítica DeathGasm

Filmes de terror trash que se misturam com o humor parecem estar mais em voga. Depois de “Todo mundo quase morto” (2004) de Edgar Wright, a comédia com o terror voltou à tona e os filmes trash, clássico subgênero do terror/horror, se adaptaram a isso de uma maneira muito boa. Esse é o caso desse longa da Nova Zelândia, Deathgasm.
A obra conta a estória de Brodie, um garoto fã de metal e um devido garoto problema, que, certo dia, resolve formar uma banda chamada Deathgasm com seus amigos Zakk, Dion e Giles. Quando Brodie e um de seus colegas de banda invade uma casa, descobrem que um de seus ídolos, o músico Rikki Daggers, vive lá. Daggers entrega a eles uma partitura mágica, a que a banda toca e acaba, sem querer, invocando um poderoso demônio, além de transformar toda sua vizinhança. Agora, eles devem achar uma forma de derrota-lo e retomar a paz do lugar. 
Se deve começar analisando esse filme com a direção e o roteiro. O longa é o primeiro trabalho em maior tamanho de Jason lei Howden e ele já acerta logo de cara. Os planos colocados e algumas tomadas são maravilhosas e até impressionantes para um estreante e para o gênero de terror. O roteiro é do mesmo e Howden continua acertando. Piadas sensacionais colocadas em ótimos momentos ao longo da trama. Além disso, o desenvolvimento para o final hilário é algo digno de prestar atenção nele. Continuando com acertos, deve-se observar a ótima trilha sonora, que se encaixa bem com o tema. Como os protagonistas são fãs de heavy metal, a trilha toda ao longo dos 86 minutos é repleta de guitarras, baterias e baixo bem pesados. O terror que o filme coloca é digno de lembranças. Não deve ser o filme mais assustador ou o melhor filme de terror que todos irão assistir, mas é devidamente interessante e consegue deixar uma boa tensão no telespectador e, melhor ainda, sem precisar dar nenhum susto. Por fim, a ótima fotografia também deve ser lembrada. Sempre com um tom mais escuro e saturada, ela ajuda devidamente bem na linha narrativa e no clima.
As atuações talvez sejam o ponto mais fraco, no geral. Elas não convencem nem um pouco, seja do protagonista e dos personagens secundários. Todas muito superficiais e muito fracas e não levam a apatia em nenhum instante. Além disso, o terror poderia ficar em maior quantidade que a comédia. A mistura dos gêneros acaba tendendo para o lado da comédia, já que é mais fácil de vender pela ideia, mas ficou bem pouco igualitário no resultado final. Por último, a pouca duração do longa atrapalha bastante. Talvez pelo pouco orçamento ou a agilidade na finalização sejam uma grande barreira, mas falta maior desenvolvimento de ideias e de personagens no geral de uma maneira bem clara.
O final da estória é muito bem realizado, totalmente inesperado e devidamente bem engraçado. O climáx é realizado de uma maneira bem interessante para um final de arco de cada um dos personagens e os últimos minutos encaixam muito bem no geral que o longa apresenta. Além disso, existe uma cena pós-crédito que complementa bem o final da trama.
Deathgasm é uma das grandes produções trash do ano. Serve muito bem como um filme de terror e como uma comédia. Possui uma ótima direção e um bom roteiro, além de outros bons aspectos técnicos, mas peca no elenco, no balanceamento e na sua duração. Apesar disso, é um filme bom, muito divertido e merece ser assistido.

Nota: 7,6/10
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