quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Review - Ultraman Vol 2 (Mangá)


No volume 2 trazido pela JBC continuamos a jornada a tentar entender por quê Kaijus retornaram ao planeta Terra. Agora a dupla Eiichu Shimizu e Tomohiro Shimoguchi resolvem esclarecer os fatos em mais detalhes. E Zetton antes inimigo que matou Ultraman, agora está disposto a ajudar a manter a paz, não necessariamente a ordem.
O alienígena agora oferece a chance a Shinjiro a se tornar o novo Ultraman, afim de proteger um tratado de paz, que a 40 anos vigora no universo, onde consiste na aliança entre diversas raças alienígenas, e a invasão não consentida é um crime. Para tal a Terra fez parte dessa aliança após a partida de Ultraman. Mas que a sete anos Bemstar quebrou essa regra. É importante notar aqui, como Shimizu-san fez questão de colocar logo o pior inimigo do herói como aquele que será seu mentor. Pelo menos, à princípio.
O volume é focado em Shinjiro tomar a decisão de ser o novo Ultraman para toda uma sociedade, confusa com a volta do herói. E uma pequena crítica social (pelo menos ao meu ver) sobre os Otakus. Um alien na forma humanoide segue uma Idol, e reclama de ‘haters’ na internet, os quadros escolhidos para relatar a cena foram evidentemente com um teor de demonstrar sobre os Otakus, que no Japão são aquela parcela da sociedade que não sai de suas casas, afim de passar dias e dias enclausurado em suas casas.
Ao mesmo tempo é descrito que os aliens que vivem entre os humanos se mantém nas sombras, alguns matam os humanos escondidos outros apenas convivem. E foi exatamente esse o Tabu que Shimogushi-san procurou quebrar ao desenhar a destruição causada por uma perseguição entre o alien Adacic e Ultraman pela cidade.
Agora Shinjiro usa seus poderes a serviço da nova Patrulha Científica, que atua nas sombras como se fosse uma espécie de MIB no controle dos alienígenas, apesar de oficialmente não existir mais. E nessa Patrulha Científica existe Moroboshi (uma referência clara a Dan Moroboshi, o eterno Ultraseven). O mais interessante sobre a repaginada são as referências sutis e outras mais claras sobre a cronologia. E aqui temos a presença da Idol Rena, um conceito super comum no Japão, mas nunca utilizado nas histórias de Ultras. (Pode ter sido só da minha mente, mas o nome Rena pode não ter sido escolhido à toa, pois quem bem sabe Rena é o nome de uma oficial da GUTS em Ultraman Tiga)
Então nos vemos diante da seguinte questão: o mangá de ULTRAMAN é canônico ou não? Vale na cronologia dos Ultras? A resposta é simples. SIM, e NÃO. Em suma, o mangá ULTRAMAN pode ser considerado uma sequência, em que não vieram outros Ultras pra Terra, só o original. Ainda assim há um punhado de referências ao universo Showa (correspondente a Ultraman, Ultraseven, O Regresso de Ultraman, Ultraman Ace, Ultraman Tarô, Ultraman Leo, Ultraman 80 e Ultraman Mebius, sendo esses três últimos disponíveis oficialmente aqui pelo Crunchyroll), tanto em situações quanto em personagens.
Mais uma vez faço menção ao trabalho de edição do Cássius Medauar e a sempre ótima tradução da experiente Drik Sada da JBC. Pois a edição nacional se tornou algo primoroso e nostálgico ao mesmo tempo de se ler. Nos vemos no volume 3!


Nota: 9.5
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