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E se você descobrisse que a morte é uma habilidade?

PODCAST #18 - POR QUE ASSISTIR DOCTOR WHO ♥

Aqui discutimos sobre o porque Doctor Who, considerada a série mais antiga viva deve ser assistida. Vamos ouvir?

CRÍTICA AO FILME: PERDIDO EM MARTE

Que tal dar uma espiada na nossa mais nova crítica?

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Gostosura ou travessura? Essa semana trazemos nada mais nada menos que calafrios de te tremer a espinha. Que tal dar uma olhada em nossas travessuras diárias? Clica vai!

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Top 10 filmes do ano (5 melhores e 5 piores)

Chegamos ao final de mais um ano. E resolvemos por em check, quais os filmes mais espetaculares e os piores do ano, na visão do Senta aí Cast.


Piores: 



1º- Pixels
O pior filme do ano porque Adam Sandler consegue se superar de maneira absurdas. O filme não tem nada de bom e não consegue divertir, nem empolgar, só deixar o espectador totalmente irritado em estar perdendo tempo de sua vida. Totalmente triste assistir o longa de qualquer maneira. Para ser esquecido da história do cinema.



2º- 50 tons de cinza
Falhas atrás de falhas, mas algumas poucas partes que conseguem se salvar, por isso não ocupa a última posição. Com certeza uma das grandes bombas, mas, assim como o primeiro colocado, um grande sucesso de bilheteria. Mas o mais interessante é que ninguém saiu gostando.



3º- O imperador
Um dos filmes mais bizarros que já consegui ver na vida. Ele se leva muito a sério e tem uma veia cômica, mesmo sem saber muito o porquê. Nicolas Cage no pior papel da sua carreira, com algo contido e louco ao mesmo tempo, mas totalmente sem sentido. Hayden Christensen mais ainda confuso no longa. Pelo menos a direção e algumas cenas de ação salvam de estar pior na lista.



4º- The Ridiculous 6
Péssimo longa que só se salva de estar mais abaixo a poucas partes um pouco mais interessante. Repleto de preconceitos e uso errado para tudo, o filme só não consegue ser o pior de Adam Sandler no ano porque Pixels bate o recorde.



5º- Quarteto Fantástico
Não é totalmente ruim, porque possui um primeiro ato muito bom, ótimos atores e uma boa direção, mas do segundo ato até o fim parece que não é mais a mesma obra que vemos e nada faz sentido, com cenas horríveis uma atrás da outra. Em um ano não tão bom para os filmes de heróis, Quarteto Fantástico leva o troféu do pior desses.

Melhores:



1º- Mad Max: Estrada da Fúria
Não só o melhor filme do ano, como o melhor de ação dos últimos anos. Mad Max revoluciona totalmente a maneira de fazer cinema de ação, assim como diretor de todos os 4 longe, George Miller, revolucionou tudo na década de 70. É um filme atual, forte, intrigante, nervoso e genial. Uma verdadeira obra de arte.


2º- Star Wars: O despertar da força
A obra mais aguardada de todos os tempos do cinema não podia ser algo melhor e mais do que as expectativas esperavam. O despertar da força tem ótimos protagonistas, tem grandes dilemas, um brilhante de direção de J.J. Abrams, fazendo a franquia voltar a ser enorme, como ela sempre foi. A força despertou de vez, você dúvida?


3º- Divertida mente
A Pixar não entregava um filme novidade tinha tempo e a expectativa, pela ótima ideia que veio no roteiro, foi alta. Assim, o longa não decepciona. Entrega tudo que tem e mais um pouco e é extremamente parecido como um filma da Pixar deve ser.



4º- Que horas ela volta?
O melhor filme brasileiro dos últimos anos e o mais relevante também. Com um debate extremamente atual e sincero quando quer falar. A direção de Anna Muylaert dá um toque a mais junto com a brilhante atuação de Regina Casé, que merecia ser indicada ao Oscar. É um daqueles longas que é difícil de esquecer, de tão interessante que é assisti-lo. Esse, com certeza, ficará marcado na história do cinema nacional.


5º- Beasts of no nation
A Netflix produz grandes séries e documentários, mas quando resolveu entrar no mundo dos longas de ficção, fiquei um pouco com o pé atrás. O grande ponto é que fui totalmente surpreendido pelo excelente filme que é Beasts of no nation. Forte, contemporâneo, bizarramente bem atuado e difícil de ser visto. Deve ser lembrado nas premiações e a Netflix mostra que veio para ficar.

Bem, essas foram nossas escolhas, e para você quais filmes mais bombaram em 2015? E quais mais despencaram? Deixe nos comentários ou mande um email para: sentalaquejavemhistoria@gmail.com

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Crítica The Ridiculous 6

É difícil gostar de quase tudo que Adam Sandler faz como produtor, roteirista ou diretor. Seu mero papel de atuação, sem interferência na parte criativa, já rendeu bons trabalhos, mas o problema acontece quando Sandler resolve assumir papel no protagonismo da história e aí tudo dá errado. The Ridiculous 6 é mais um desses casos.
O filme conta a estória de 6 irmão que nasceram de mães diferentes e determinado dia, após o pai desses ser capturado, se encontram e decidem ir em busca da libertação do pai e descoberta do abandono de todos eles em vários cantos.
É bom começar falando do roteiro de Adam Sandler. É extremamente ruim, com diálogos totalmente caricatos, um desenvolvimento de personagem horrível e uma continuação de demonstrações de machismo, homofobia e racismo. É impressionante como alguém consiga se divertir em um filme que era para ser de comédia, mas só tem uma cena engraçadinha (destaque para o diminutivo porque ela não tem nem tanta graça assim). Continuando com as bizarras atuações. É impressionante o quanto um roteiro horrível consegue fazer atores bons ficarem fracos. Terry Crews, Jorge Garcia e Steve Buscemi são os casos mais claros disso no longa. É extremamente bizarro ver 3 excelentes atores nos prováveis piores papéis de suas carreiras. Seguindo, com a trilha sonora extremamente fraca, que tenta remeter aos filmes de faroeste da década de 60 e 70, mas não consegue chegar nem próximo disso, além de ser extremamente inconstante. Para finalizar, a duração também é extremamente excessiva, com tempo demais para tentar enaltecer o personagem de Adam Sandler e pouco desenvolvimento de todos os outros, na qual poderiam ter determinada importância, mas só ficam como estereótipos mal realizados.
Positivamente do filme se pode tirar ainda alguma coisa, mesmo que seja bem pouco. A direção de Frank Coraci até que tem certos momentos bons, mesmo nada sendo acima da média. Alguns planos e filmagens chegam até ser um pouco mais interessantes do que tudo. A fotografia também não é a das piores, mas, relembrando, nada demais, apenas não é ruim. Por fim, o twist no final no longa envolvendo o pai dos protagonistas é também bem interessante. Não se espera em nenhum momento o que se revela, mas fica uma grande forçação de piadas horríveis em sequência, que estraga muito o que poderia ser o único momento bom de toda a trama.
O final do longa é muito ruim. Além de toda a questão da história chegar aquele ponto péssima, tenta-se criar uma narração sem um sentido de roteiro, nem objetivado de algo que aconteceu anteriormente. Extremamente jogada e malfeita, o final é uma das coisas mais bizarras que Adam Sandler já conseguiu fazer.
The Ridiculous 6 é um dos piores filmes do ano. Poucos pontos positivos se salvam, numa avalanche de defeitos (e muito grandes). Com um roteiro terrível, personagens péssimos e um desenvolvimento ridículo, a obra é o tipo de trama que Sandler gosta de realizar: com muitos estereótipos e extremamente preconceituosa. Um filme para ser esquecido e ainda é impressionante tentar entender quem do Netflix achou que era uma boa ideia fazer parceria com Adam Sandler.

Nota: 3,2/10

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Acompanhem a lista de Indicados ao Globo de Ouro 2016



Melhor filme dramático

"Carol", de Todd Haynes
"Mad Max: Estrada da Fúria", de George Miller
"O regresso", de Alejandro González Iñárritu
"O quarto de Jack", de Lenny Abrahamson
"Spotlight - Segredos revelados", de Tom McCarthy

Melhor ator em filme dramático

Bryan Cranston, por "Trumbo"
Leonardo DiCaprio, por "O regresso"
Michael Fassbender, por "Steve Jobs"
Eddie Redmayne, por "A garota dinamarquesa"
Will Smith, por "Um homem entre gigantes"

Melhor atriz de filme dramático

Cate Blanchett, por "Carol"
Brie Larson, por "O quarto de Jack"
Rooney Mara, por "Carol"
Saoirse Ronan, por "Brooklyn"
Alicia Vikander, por "A garota dinamarquesa"

Melhor diretor

Todd Haynes, por "Carol"
Alejandro González Iñárritu, por "O regresso"
Tom McCarthy, por "Spotlight"
George Miller, por "Mad Max - Estrada da Fúria"
Ridley Scott, por "Perdido em Marte"

Melhor roteiro

Emma Donoghue, por "O quarto de Jack"
Tom McCarthy, Josh Singer, por "Spotlight"
Charles Randolph, Adam McKay, por "A grande aposta"
Aaron Sorkin, por "Steve Jobs"
Quentin Tarantino, por "Os oito odiados"

Melhor filme de comédia ou musical

"A grande aposta"
"Joy"
"Perdido em Marte"
"A espiã que sabia de menos"
"Descompensada"

Melhor atriz em filme de comédia

Jennifer Lawrence, por "Joy"
Amy Schumer, por "Descompensada"
Melissa McCarthy, por "A espiã que sabia de menos"
Maggie Smith, por "A senhora da van"
Lily Tomlin, por "Grandma"

Melhor ator em filme de comédia

"Christian Bale", por "A grande aposta"
"Steve Carell", por "A grande aposta"
"Matt Damon", por "Perdido em Marte"
"Al Pacino", por "Não olhe para trás"
"Mark Ruffalo", por "Sentimentos que curam"

Melhor atriz coadjuvante

Jane Fonda, por "Youth"
Jennifer Jason Leigh, por "Os oito odiados"
Helen Mirren, por "Trumbo"
Alicia Vikander, por "Ex Machina"
Kate Winslet, por "Steve Jobs"

Melhor ator coadjuvante

Paul Dano
Idris Elba
Mark Rylance
Michael Shannon 
Sylvester Stallone

Melhor filme estrangeiro

The brand new testament
The club
The fencer
Mustang
Son of Saul

Melhor animação

"Anomalisa"
"The Good Dinosaur"
"Inside Out"
"The Peanuts Movie"
"Shaun The Sheep"

Melhor trilha sonora

Carter Burwell (Carol)
Alexandre Desplat (A garota dinamarquesa)
Ennio Morricone (Os 8 odiados)
Daniel Pemberton (Steve Jobs)
Ryuichi Sakamoto e Alva Noto (The revenant)

Melhor canção original

"Love Me Like You Do", de "50 tons de cinza"
"One Kind of Love", de "Love and mercy"
"See You Again", de "Velozes e furiosos 7"
"Simple Sound #3", de "Youth"
"Writing’s On The Wall", de "007 contra Spectre"

Melhor série dramática

"Empire"
"Game of Thrones"
"Mr. Robot"
"Narcos"
"Outlander"

Melhor atriz em série dramática

Viola Davis, por "How to get away with murder"
Caitriona Balfe, por "Outlander"
Eva Green, por "Penny dreadful"
Taraji P. Henson, por "Empire"
Robin Wright, por "House of cards"

Melhor ator em série dramática

Wagner Moura (Narcos)
Jon Hamm (Mad men
Rami Malek (Mr. robot)
Bob Odenkirk (Better call Saul)
Liev Schreiber (Ray Donovan)

Melhor série de comédia ou musical
"Casual"
"Mozart in the Jungle"
"Silicon Valley"
"Transparent"
"Orange is the New Black"
"Veep"

Melhor ator em série de comédia

Aziz Ansari, por 
Gael Garcia Bernal, por 'Mozart in the jungle"
Rob Lowe, 
Patrick Stewart, 
Jeffrey Tambor, por "Transparent"

Melhor atriz em série de comédia

Rachel Bloom, "Crazy ex-girlfriend"
Jamie Lee Curtis, "Scream queens"
Julia Louis-Dreyfus, "Veep"
Gina Rodriguez, "Jane the virgin"
Lily Tomlin, "Grace and Frank"

Melhor minissérie ou telefilme

"American Crime"
"American Horror Story: Hotel"
"Fargo"
"Flesh and Bone"
"Wolf Hall"

Melhor ator em minissérie ou telefilme

Idris Elba, "Luther"
Oscar Isaac, "Show me a hero"
David Oyelowo, "Star Wars Rebels"
Mark Rylance, "Wolf hall"
Patrick Wilson, "Fargo"

Melhor atriz em minissérie ou telefilme

Kristen Dunst - Fargo
Lady Gaga - American Horror Story: Hotel
Sarah Hay - Flesh and Bone
Felicity Huffman - American Crime
Queen Latifah - Bessie

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou telefilme

Uzo Aduba, "Orange is the New Black"
Joanne Froggatt, "Downton Abbey"
Regina King, "American Crime"
Judith Light, "Transparent"
Maura Tierney, "The Affair"

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou telefilme

Alan Cumming, "The good wife"
Damian Lewis, "Wolf hall"
Ben Mendelsohn, "Bloodline"
Tobias Menzies, "Outlander"
Christian Slater, "Mr Robot"

A cerimônia de premiação será realizada no dia 10 de janeiro, com apresentação de Ricky Gervais.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Crítica Jogos Vorazes: A esperança - O Final

A nova moda das franquias atuais no cinema hollywoodiano é dividir a obra em mais de uma parte, principalmente na sua finalização. Harry Potter começou com isso e agora a tendência está sendo cada vez mais seguida. Assim, a nova grande franquia adolescente “Jogos Vorazes” segue na mesma e realiza o mesmo erro.
A esperança – O final continua os acontecimentos da sua primeira parte, com a guerra contra a capital, Katniss como grande símbolo, as disputas internas e a contraofensiva da Capital. Além disso, depois de ter sua mente torturada, Peeta se torna uma ameaça.
O filme desaponta muito. Ele não é de todo ruim, mas é bem mais abaixo do que poderia ser. Para começar pelos pontos positivos, se deve analisar as excelentes atuações dos protagonistas. Jennifer Lawrence se aprofunda mais ainda na protagonista Katniss e faz, sem sombra de dúvidas, a melhor atuação de sua carreira; Julianne Moore e Josh Hutcherson também devem ser destacados. No tempo de tela que os dois também trabalham muito bem sobre os personagens; O resto do elenco conta com alguns nomes de peso, mas todos sem tanto tempo de tela para se desenvolverem mais do que poderiam, mesmo assim, todos estão muito bem. Continuando com a direção de Francis Lawrence (diretor de Em Chamas e da Esperança – Parte 1) que consegue realizar um grande trabalho passando tudo que as cenas precisam. Alguns planos longos são bem interessantes e a sua utilização dos enquadramentos e criação de tensão na cena do esgoto, é uma das grandes coisas da série. As cenas de ação também devem ser destacadas nessa parte. Seguindo com a ótima fotografia, com ótimos enquadramentos e contrastes bem interessantes narrativamente. Por fim, a trilha sonora também é boa. Não é a melhor da franquia, mas James Howard faz um bom trabalho.
O roteiro do longa é bem mediano. A divisão em duas partes atrapalha demais para o desenvolvimento total da linha narrativa. Além disso, o clímax é quase inexistente, pois acontece no meio da trama. Além disso, o corte abrupto no que seria esse “clímax” é extremamente mal realizado e explicado. Continuando, o filme parece que não sabe quando terminar. Existem 3 finais possíveis ali, mas todos mal aproveitados e no final real, é extremamente triste ver a série acabar assim. E com um diálogo final péssimo. O desenvolvimento da protagonista nessa última parte também é bem ruim. Katniss parece não sentir nem sofrer nada pela guerra (e esse sentimento não se deve pela atuação, mas sim pela falta de material para trabalho). Por fim, a finalização da maioria dos personagens é deixada quase pela metade e bem jogada, na sua maioria.
É extremamente triste observar que uma franquia que falha demais no seu último filme, possui a melhor cena de todos os longas nele (a cena do esgoto) e ao mesmo tempo desenvolva muito pouco do que pode. Além disso, o enfoque no triângulo amoroso a todo momento é bem decepcionante e tira o total de foco que a história poderia dar para outras coisas.
Jogos Vorazes: A esperança – O Final não é um filme, mas também não é tão bom. Possui ótimos aspectos e uma qualidade bem grande no seu elenco e na sua direção, mas erra muito e nos seus próprios tropeços acaba se perdendo um pouco demais onde poderia acertar muito. A divisão em duas partes do final atrapalha mais ainda a experiência do longa numa maneira geral. Apesar disso tudo, é um filme bem divertido e, para quem assistiu até agora todos os outros, não irá perder a finalização de uma das grandes franquias adolescentes do cinema.

Nota: 6,5/10

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Crítica – Assassination (2015)


Uma das revelações do cinema asiático desse ano, Assassination traz no contexto da década de 30, sobre a ocupação do Japão na Coréia do Sul. O longa se diferencia por seu realismo sob os fatos históricos e da forma dinâmica de contar o drama opressor sofrido pelos coreanos.
Dirigido pelo famoso Choi Dong-hoon, premiado por filmes como Dodookdeul e Tajja como melhor diretor e narrativa. A trama segue os libertários da Coréia do Sul que tentam acabar com a influência de um tirano sob o país. E no meio deles está Yeom Seok-jin (Jung-jae Lee), que no início ajuda recrutando atiradores, mas que acaba cobiçado pelo poder. E dentre os atiradores que recruta está a sniper de elite da terceira divisão, An Ok-yun (Ji-hyun Jun), que percorre o longa em busca de um único objetivo: matar o general japonês. E o conhecido Jung-woo Ha, que vive um pistoleiro/caçador de recomepensas do Havaí.
Com 2h 20 minutos de duração o longa vem com um tema de certo modo ‘mainstream’, no entanto, repleto de reviravoltas capaz de te fazer acompanhar uma história, onde os personagens convencem e uma heroína que não tem medo de morrer. O diretor lhe permite entrar em pontos cruciais de 1933 na ocupação de um general japonês em Seoul. O drama é instalado de forma clichê, porém com uma ação convincente, quando gêmeas são separadas após o nascimento. Uma delas sendo levada para os libertários e a outra sendo mantida pelo pai que futuramente viria assumir a cabeça da ocupação.
O humor do longa representado por dois dos libertários assume a forma de lembrança de guerra, quando mesmo esses personagens sendo secundários, Choi Dong-hoon os fez não somente serem lembrados, mas fazerem a diferença tanto quanto os protagonistas. Algo que pode ficar confuso durante o filme são quem realmente são os vilões e os heróis. Pois até boa parte da película a história se desenrola em cima de uma ação cega por parte dos coreanos que seguem em frente em sua missão. Em outras palavras, Assassination é um filme que é necessário ser paciente para entender ambos os lados.
A atmosfera fica ainda mais densa e luxuosa com a fotografia de Kim Woo-hyung, com cores escuras em seus cenários, e uma iluminação invejável, pois Kim trabalha com luzes quentes e vapores. Dando ao longa um tom histórico perfeito, sem tirar o charme dos personagens.
Do lado das atuações destaque para atriz Ji-hyun Jun(Caçadores de Vampiros de 2009), na qual desempenha de forma formidável a sniper do exército coreano com a missão de matar o general japonês e líder da ocupação no país. Sua forma reclusa é muito bem explorada pela direção em uma constante muito bem casada com o drama constituído. Outro que merece ser nomeado é Jung-jae Lee, que está bem à vontade no papel do traidor que desempenha um discurso excepcional sobre o valor histórico da Coréia do Sul. Além de já ter trabalhado com a direção de Choi em Dodookdeul de 2012.
Sob a redoma de uma vingança em recuperar o que é seu por direito, o longa parte para uma ação significativa, em que suas cenas de confronto não são desperdiçadas nem mesmo alongadas demais. Com bons registros da época e como politicamente tanto o Japão como a Coréia do Sul lideram com a situação de opressor e oprimido em tempos de guerra.


A despeito de uma característica imperativa que falta nos filmes hollywoodianos atuais, o realismo. Assassination traz emoções de crianças trocadas no nascimento, agentes duplos em um jogo de gato e rato por Shanghai e Seoul com assassinos pagos e não-pagos, que fazem surgir uma heroína.


Nota: 9.0/10

domingo, 8 de novembro de 2015

Crítica – 007 Contra Spectre


O quarto longa de Daniel Crag como James Bond trouxe uma direção comprometida com cenas de ação dignas, uma fotografia que entrega excelentes cenários e closes nos rostos dos personagens. O que faltou para o quarto longa da atual franquia do agente se sustentar como produção individual foi o roteiro.
Assim como Operação Skyfall (considerado pela maioria dos críticos uma obra-prima da série), 007 Contra Spectre foi dirigido por Sam Mendes, que deve se despedir da franquia por aqui. O novo longa vem com a clara intenção de resolver questões sobre o passado do agente para começar uma nova fase. Apesar de Spectre possuir boas intenções e cenas detalhistas, faltou coragem para dar continuidade a narrativa e técnica apresentado em Skyfall.
Como mencionei o longa consegue prender o olhar graças a excelente direção de Mendes. O exemplo disso está no maravilhoso plano sequência na abertura, durante o Dia dos Mortos, na Cidade do México. O que essa introdução consegue fazer com magnificência, o roteiro consegue abafar. Pois a mesma representa os fantasmas do passado que Bond terá de lidar no filme.
Convocado por seu atual chefe, M (Ralph Fiennes, de O Grande Hotel Budapeste), Bond é colocado sob licença por causa de sua investida no México não informada e não autorizada. Politicamente, as coisas também não estão boas. O MI-6 e, consequentemente, a seção 00, estão sob ameaça após um rearranjo do serviço secreto britânico sob a coordenação de C (Andrew Scott, da série Sherlock). A ideia de C é acabar com MI-6 e com o programa 00.
A falta de aproveitamento em determinadas cenas e personagens faz o quarto filme de 007 pecar onde não deveria. Um deles está no confronto eletrizante, que faz com que Bond conheça Madeleine Swann (Léa Seydoux), filha de seu antigo inimigo, o Sr White (Jesper Christiansen). Ela é quem vai ajudá-lo a chegar até a sede da organização Spectre. A atriz francesa é a Bond Girl da vez, uma daquelas que faz jus ao título com beleza, ar de mistério, tensão dramática e uma atuação sem clichês. Mas ainda não foi desta vez ainda que teremos a tão esperada Bond Girl madura em ação. É uma pena, ela se encaixou perfeitamente no perfil de Bond Girl madura, capaz de lidar com situações de perigo e armas de fogo, mas o roteiro não lhe dá oportunidade de demonstrar seu potencial.
O grande antagonista da Spectre, Oberhauser, revela-se um tiro nuclear no roteiro quando paramos para pensar no produto do filme como um todo e em seu final. O contexto não explora a reação de Bond, a revelação torna-se inexistente sem força, algo que teria gerado um bom diálogo. Nos alertando que o triunfo da própria Spectre também não satisfaz. Apenas uma cena demonstra a maldade cirúrgica do vilão. As qualidades do roteiro advêm, na maior parte, da nostalgia dos filmes da era Connery e Moore.

O retorno a velhos moldes dos antigos filmes de James Bond trouxe algo que há muito não se via nos modernos longas do agente. Um capanga fora do padrão. E para isso a Spectre conta com o talento e tamanho de Davi Bautista encarnado no gigante Hinx, um vilão que diverte muito em meio a muita pancadaria desenfreada. Só lhe restou um fim digno, graças ao roteiro mal desenvolvido.
Para que fique claro que a edição de Lee Smith (Interestelar) neste longa fez com o que a história fosse desenvolvida de forma correta. Não há problemas neste aspecto do filme. E a trilha sonora realizada por Thomas Newman (O Exotico Hotel Marigold 2) reforça este tom mais aventuroso do longa.
O que mata 007 Contra Spectre como um veneno, está na fragilidade no roteiro, que lentamente demonstrou maus tratos em suas finalizações e diálogos. Mas é importante apontar que o diretor Sam Mendes faz uma análise interessante sobre os filmes anteriores em meio ao diálogo entre Oberhauser e Bond. Tirando qualquer dúvida remanescente de que esses longas tratam sobre morte, vida, o fracasso, o sucesso, o passado e o futuro.


Nota: 6.5/10 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Crítica Nocaute

Crítica Nocaute
Os filmes de boxe, depois de Rocky e Touro Indomável, acabam sempre seguindo uma tendência. É claro que em um filme de esporte é bem complexo não sair do senso comum, mas quando ele é usado de uma maneira devidamente interessante e a trama toma certos caminhos bons, deve-se ser observado. Esse é o caso de Nocaute.
O longa conta a estória de Billy “The Great” Hope (interpretado por Jake Gyllenhaal), um lutador que segue invicto, mesmo possuindo uma forma peculiar de atuar nas lutas, mas enfrenta problemas de relacionamento com a filha e reclamações constantes de sua mulher sobre os a desfiguração no rosto. Assim, após um determinado acidente que ocorre na vida de Billy, tudo vira de cabeça pra baixo e ele precisa recomeçar.
É interessante começar a análise com os pontos mais altos do filme: as atuações e a direção. O primeiro ponto, é a melhor coisa da obra. Jake Gyllenhaal está sensacional de Billy e muito provavelmente levará uma indicação no Oscar (mesmo não sendo o melhor papel de sua carreira); Rachel McAdams interpreta muito bem a mulher de Billy e, mesmo sofrendo muito por ele, ela passa no olhar todo amor e admiração pelo marido; Oona Laurence rouba a cena sempre que aparece interpretando a filha. É, sem dúvidas, uma das grandes atrizes mirins que estão surgindo; Forest Whitaker e 50 Cent também estão no elenco (como o treinador e o empresário, respectivamente), mas, mesmo estando bem, não eram tão necessários grandes nomes. Sobre o segundo ponto, ela é extremamente bem realizada por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento, Invasão a Casa Branca), um diretor experiente e que sabe realizar um bom trabalho. Os planos extremamente bem encaixados e passando todo o sentimento das situações, além das cenas de luta, que levam a uma grande imersão para o telespectador.
O roteiro do longa é de Kurt Sutter. Ele realiza um bom trabalho na utilização dos clichês. É repleto de repetições recorrentes dos gêneros de boxe, não ache que verá algo totalmente diferente. O treinador que bota para cima, a motivação, a caída, o lutador rival que provoca sempre, a cena de treinamento e etc. Todos esses fatos extremamente comuns em obras sobre boxe, mas, se bem utilizados, aumentam bem a carga que o filme quer passar e é o caso de Nocaute. É desapontante não ver muitas coisas diferentes, mas, como todas são bem-feitas, se torna mais desapercebido.
Sobre os outros aspectos técnicos: a fotografia tem um tom bem sombrio e depreciativo, que combina bastante com a estória; a trilha sonora é boa, mas nada de muito diferente; o ritmo é até interessante, mas um pouco lento demais e muito acelerado no final, algo que não tem uma constância maior.
É importante relatar que é um daqueles longas extremamente pesados. Por mais de 1 hora, logo após o acontecimento com cerca de 20 minutos, é arrastado e difícil de se assistir, devido a extrema depressão e ida para baixo na psique humana que a obra leva, mas o grande clímax é bem recompensante, apesar de extremamente óbvio.
Nocaute é um filme de boxe que não sai muito dos clichês comuns do gênero, mas, apesar disso, ele utiliza todos de uma maneira interessante, o que deixa melhor a experiência. Com algumas falhas mais evidentes se perde, mas com as atuações e a direção melhora e faz a obra, no seu geral, ser boa.

Nota: 7,2/10

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O Massacre da Serra Elétrica (1974) – Crítica



Nada como, Leatherface, personagem cuja máscara está entre um dos mais variados ícones de fantasias no Halloween e cosplays em todo mundo. Bem essa semana final de Outubro nós do Senta aí que já vem história resolvemos postar algumas críticas sobre mídias que trabalharam e trabalham com terror. Seja esta cinematográfica, série, HQ ou livro.
Aos cinéfilos e amantes de terror é um ritual ter O Massacre da Serra Elétrica em sua lista, como um dos longas mais impactantes do gênero. Lançado em 1974, pelo não tão conhecido na época, diretor Tobe Hooper, na qual se encontrava em seu princípio de carreira, o filme era seu segundo trabalho. Hooper posteriormente viria a dirigir o famoso Poltergeist, quase 8 anos depois. Assim como Psicose, O Massacre da Serra Elétrica veio para fincar a bandeira de uma nova fase do horror no cinema.
Baseado na vida de Ed Gein, o assassino cuja carnificina já havia roubado as telas do cinema através do enigmático Norman Bates, e que voltaria em outras fase da vida (Psicose II,III e IV), além de inspirar, ao longo dos anos assassinos fictícios, tal como Buffalo Bill de O Silêncio dos Inocentes. O que há de simplista nessa película, há de admirável, por ser uma obra de alta qualidade, ao passo que, o orçamento da produção foi extremamente baixo. Sem mencionar, a falta de experiência de Hooper em longas-metragens e atores com pouca ou nenhuma experiência no elenco.
Ao demonstrar o horror de forma crua, gráfica e chocante foi preciso muita criatividade. Essa que foi a responsável por dar vida ao macabro cenário da casa de Leatherface e sua família, a fotografia atiça a mente dos espectadores para as mais diversas reações e interpretações da película. Por incrível que pareça há quem veja Leatherface e sua família como uma sátira ao governo americano, o perigo mascarado dilacerando pessoas, além de outras coisas inimagináveis tanto abertamente, quanto às escondidas. Vale lembrar que a Guerra do Vietnã estava em seu penúltimo ano e o Caso Watergate permanecia na memória recente do país. O que dá para imaginar o impacto desta obra para o povo americano nos anos 70.
O roteiro ficou por conta de Kim Henkel ao lado do próprio Hooper, que souberam esmiuçar uma produção que já estava fadada pelo baixo orçamento, afim de usar dos elementos que a natureza humana possui em seu âmago como ossos, sangue, surto, o bizarro, de fato um reflexo barroco da sociedade americana. Por isso o longa é capaz de demonstrar um lado medonho, e infelizmente real em partes, a sua violência oculta, nesse caso principalmente, o modo como a mulher se torna alvo favorito desse tipo de atitude.
Um ponto que conclama o uso da natureza humana vista em seu limite das situações de perigo é o da personagem Marilyn Burns, que ganha destaque aterrador na reta final da trama. Uma experiência foi feita no dia de exibição para uma plateia selecionada e, no final, perguntaram qual era a coisa mais assustadora do filme na opinião daqueles espectadores. Mais da maioria respondeu que tiveram mais “medo” de Marilyn Burns e sua série de torturas, captura, fuga, gritos e olhos esbugalhados em primeiríssimo plano na tela do que do próprio Leatherface e sua família.
Nos dias atuais vemos como a trilha sonora pode fazer de uma película uma obra de arte esplendorosa. No entanto, quando existe a quase inexistência da mesma, o resultado em O Massacre da Serra Elétrica foi digno de aplausos. Tobe Hooper buscou alternar as cenas de horror psicológico, gore e semelhantes criando uma atmosfera visual dinâmica, não obstante, inovador para época da forma como foi trabalhado. Adicionando, como complemento, sons do ambiente. Os momentos que ouvimos uma ‘música chocante’ são curtos, comparados a maioria dos filmes de terror, mas quando esta surge, faz um serviço veloz de contexto fúnebre para então dar lugar ao som infernal da motosserra. Os gritos alucinantes de Marilyn Burns, sons de animais, portas e pisos rangendo. Trata-se de uma edição e mixagem de som em parte dialética, o que em parte demonstra ser não realista, mas como produto final possui um imenso impacto sobre o público.
Compreende-se como um longa de baixo orçamento realizado por artistas fora do glamour hollywoodiano. O Massacre da Serra Elétrica logo tomou forma como um marco no gênero horror. O filme tem sim seus problemas no roteiro, no que diz respeito aos diálogos iniciais e em seu desenvolvimento, com exceção da parte final. Cambaleia na direção, por ser o segundo trabalho de Hooper como diretor, entretanto, é inquestionavelmente uma obra notória no meio cinematográfico.
Nesta película foram lançadas as sementes do tipo mais cru de terror, um formato que em maior ou menor intensidade já era visto nos filmes B e em obras que optavam por um outro tipo de medo como o de O Bebê de Rosemary (1968), porém a partir de seu enorme sucesso passou-se a flertar com os grandes estúdios vindo a se tornar uma franquia, um verdadeiro modelo de susto pré-definido na sua mais pura essência. O medo que investe na degradação dos corpos, da mente e da alma. A fuga, embora fosse uma opção, nunca era a melhor opção, pois a morte horrenda já estava estabelecida como aceitação como moral para o gênero.


Nota: 9,0

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Crítica DeathGasm

Filmes de terror trash que se misturam com o humor parecem estar mais em voga. Depois de “Todo mundo quase morto” (2004) de Edgar Wright, a comédia com o terror voltou à tona e os filmes trash, clássico subgênero do terror/horror, se adaptaram a isso de uma maneira muito boa. Esse é o caso desse longa da Nova Zelândia, Deathgasm.
A obra conta a estória de Brodie, um garoto fã de metal e um devido garoto problema, que, certo dia, resolve formar uma banda chamada Deathgasm com seus amigos Zakk, Dion e Giles. Quando Brodie e um de seus colegas de banda invade uma casa, descobrem que um de seus ídolos, o músico Rikki Daggers, vive lá. Daggers entrega a eles uma partitura mágica, a que a banda toca e acaba, sem querer, invocando um poderoso demônio, além de transformar toda sua vizinhança. Agora, eles devem achar uma forma de derrota-lo e retomar a paz do lugar. 
Se deve começar analisando esse filme com a direção e o roteiro. O longa é o primeiro trabalho em maior tamanho de Jason lei Howden e ele já acerta logo de cara. Os planos colocados e algumas tomadas são maravilhosas e até impressionantes para um estreante e para o gênero de terror. O roteiro é do mesmo e Howden continua acertando. Piadas sensacionais colocadas em ótimos momentos ao longo da trama. Além disso, o desenvolvimento para o final hilário é algo digno de prestar atenção nele. Continuando com acertos, deve-se observar a ótima trilha sonora, que se encaixa bem com o tema. Como os protagonistas são fãs de heavy metal, a trilha toda ao longo dos 86 minutos é repleta de guitarras, baterias e baixo bem pesados. O terror que o filme coloca é digno de lembranças. Não deve ser o filme mais assustador ou o melhor filme de terror que todos irão assistir, mas é devidamente interessante e consegue deixar uma boa tensão no telespectador e, melhor ainda, sem precisar dar nenhum susto. Por fim, a ótima fotografia também deve ser lembrada. Sempre com um tom mais escuro e saturada, ela ajuda devidamente bem na linha narrativa e no clima.
As atuações talvez sejam o ponto mais fraco, no geral. Elas não convencem nem um pouco, seja do protagonista e dos personagens secundários. Todas muito superficiais e muito fracas e não levam a apatia em nenhum instante. Além disso, o terror poderia ficar em maior quantidade que a comédia. A mistura dos gêneros acaba tendendo para o lado da comédia, já que é mais fácil de vender pela ideia, mas ficou bem pouco igualitário no resultado final. Por último, a pouca duração do longa atrapalha bastante. Talvez pelo pouco orçamento ou a agilidade na finalização sejam uma grande barreira, mas falta maior desenvolvimento de ideias e de personagens no geral de uma maneira bem clara.
O final da estória é muito bem realizado, totalmente inesperado e devidamente bem engraçado. O climáx é realizado de uma maneira bem interessante para um final de arco de cada um dos personagens e os últimos minutos encaixam muito bem no geral que o longa apresenta. Além disso, existe uma cena pós-crédito que complementa bem o final da trama.
Deathgasm é uma das grandes produções trash do ano. Serve muito bem como um filme de terror e como uma comédia. Possui uma ótima direção e um bom roteiro, além de outros bons aspectos técnicos, mas peca no elenco, no balanceamento e na sua duração. Apesar disso, é um filme bom, muito divertido e merece ser assistido.

Nota: 7,6/10
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