REVIEW DOCTOR WHO S09E05 - THE GIRL WHO DIED

E se você descobrisse que a morte é uma habilidade?

PODCAST #18 - POR QUE ASSISTIR DOCTOR WHO ♥

Aqui discutimos sobre o porque Doctor Who, considerada a série mais antiga viva deve ser assistida. Vamos ouvir?

CRÍTICA AO FILME: PERDIDO EM MARTE

Que tal dar uma espiada na nossa mais nova crítica?

CRITICA DO LIVRO: ATÉ O FIM DA QUEDA

Que tal parar pra ler um pouco de literatura nacional fantástica?

SEMANA DO TERROR

Gostosura ou travessura? Essa semana trazemos nada mais nada menos que calafrios de te tremer a espinha. Que tal dar uma olhada em nossas travessuras diárias? Clica vai!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Top 10 filmes do ano (5 melhores e 5 piores)

Chegamos ao final de mais um ano. E resolvemos por em check, quais os filmes mais espetaculares e os piores do ano, na visão do Senta aí Cast.


Piores: 



1º- Pixels
O pior filme do ano porque Adam Sandler consegue se superar de maneira absurdas. O filme não tem nada de bom e não consegue divertir, nem empolgar, só deixar o espectador totalmente irritado em estar perdendo tempo de sua vida. Totalmente triste assistir o longa de qualquer maneira. Para ser esquecido da história do cinema.



2º- 50 tons de cinza
Falhas atrás de falhas, mas algumas poucas partes que conseguem se salvar, por isso não ocupa a última posição. Com certeza uma das grandes bombas, mas, assim como o primeiro colocado, um grande sucesso de bilheteria. Mas o mais interessante é que ninguém saiu gostando.



3º- O imperador
Um dos filmes mais bizarros que já consegui ver na vida. Ele se leva muito a sério e tem uma veia cômica, mesmo sem saber muito o porquê. Nicolas Cage no pior papel da sua carreira, com algo contido e louco ao mesmo tempo, mas totalmente sem sentido. Hayden Christensen mais ainda confuso no longa. Pelo menos a direção e algumas cenas de ação salvam de estar pior na lista.



4º- The Ridiculous 6
Péssimo longa que só se salva de estar mais abaixo a poucas partes um pouco mais interessante. Repleto de preconceitos e uso errado para tudo, o filme só não consegue ser o pior de Adam Sandler no ano porque Pixels bate o recorde.



5º- Quarteto Fantástico
Não é totalmente ruim, porque possui um primeiro ato muito bom, ótimos atores e uma boa direção, mas do segundo ato até o fim parece que não é mais a mesma obra que vemos e nada faz sentido, com cenas horríveis uma atrás da outra. Em um ano não tão bom para os filmes de heróis, Quarteto Fantástico leva o troféu do pior desses.

Melhores:



1º- Mad Max: Estrada da Fúria
Não só o melhor filme do ano, como o melhor de ação dos últimos anos. Mad Max revoluciona totalmente a maneira de fazer cinema de ação, assim como diretor de todos os 4 longe, George Miller, revolucionou tudo na década de 70. É um filme atual, forte, intrigante, nervoso e genial. Uma verdadeira obra de arte.


2º- Star Wars: O despertar da força
A obra mais aguardada de todos os tempos do cinema não podia ser algo melhor e mais do que as expectativas esperavam. O despertar da força tem ótimos protagonistas, tem grandes dilemas, um brilhante de direção de J.J. Abrams, fazendo a franquia voltar a ser enorme, como ela sempre foi. A força despertou de vez, você dúvida?


3º- Divertida mente
A Pixar não entregava um filme novidade tinha tempo e a expectativa, pela ótima ideia que veio no roteiro, foi alta. Assim, o longa não decepciona. Entrega tudo que tem e mais um pouco e é extremamente parecido como um filma da Pixar deve ser.



4º- Que horas ela volta?
O melhor filme brasileiro dos últimos anos e o mais relevante também. Com um debate extremamente atual e sincero quando quer falar. A direção de Anna Muylaert dá um toque a mais junto com a brilhante atuação de Regina Casé, que merecia ser indicada ao Oscar. É um daqueles longas que é difícil de esquecer, de tão interessante que é assisti-lo. Esse, com certeza, ficará marcado na história do cinema nacional.


5º- Beasts of no nation
A Netflix produz grandes séries e documentários, mas quando resolveu entrar no mundo dos longas de ficção, fiquei um pouco com o pé atrás. O grande ponto é que fui totalmente surpreendido pelo excelente filme que é Beasts of no nation. Forte, contemporâneo, bizarramente bem atuado e difícil de ser visto. Deve ser lembrado nas premiações e a Netflix mostra que veio para ficar.

Bem, essas foram nossas escolhas, e para você quais filmes mais bombaram em 2015? E quais mais despencaram? Deixe nos comentários ou mande um email para: sentalaquejavemhistoria@gmail.com

sábado, 26 de dezembro de 2015

Crítica – Marco Polo: Cem Olhos (Especial)



O atraso da segunda temporada de Marco Polo, fez a produção liberar o especial do personagem Cem Olhos mais cedo na Netflix. Aqui vemos como o monge se torna parte do exército de Kublai Khan.
Estamos em 1262 quando a China está dividida entre mongóis e chineses, e os mongóis sob a liderança de Khan avança. Em vista de proteger os pergaminhos sagrados e impedir a destruição de templo Wudang no Sul da China Cem Olhos usa sua arte marcial da ‘paz’. O interessante a se observar por esse especial está na doutrina do monge, onde ele não teme a morte. Por tal atitude Khan tenta lhe fazer parte de seu exército e para então ensinar artes marciais à seus homens.
A fotografia continua com perfeição capturando a essência da época, sua natureza. Em destaque para cena em que uma folha seca cai sob uma poça d’gua e o monge a pega. Além dos cenários extraordinários do oriente, que dão vida a toda uma história antepassada poderosa. Não podemos esquecer a participação rápida da atriz Michelle Yeoh nesse especial, que já está confirmada para segunda temporada de Marco Polo.
A forma como o monge perde sua visão é digna, já que o personagem não teme a morte e desafiou Khan. Outro ponto importante é o discurso de Khan sobre um pássaro raro de cor preto e branco, discursos poéticos como o que ele proferiu lembram as diversas cenas que o mesmo disse na primeira temporada. 
O roteiro termina entregando o novo templo ao monge pelas mãos de Khan, local onde vemos logo nos primeiros episódios do seriado. Além de nomear o príncipe Altai como Jigim (Verdadeiro Ouro). No fim das contas o especial conta com uma boa coreografia de batalha, um pouco mais sobre quem era Cem Olhos, mas detalhes maiores serão explorados na segunda temporada de Marco Polo.

Nota: 10

O elenco da 2ª temporada de Marco Polo inclui Lorenzo Richelmy (Marco Polo), Benedict Wong (Kublai Khan), Joan Chen (Empress Chabi), Zhu Zhu (Kokachin), Tom Wu (Hundred Eyes), Olivia Cheng (Mei Lin), Claudia Kim (Khutulun), Rick Yune (Kaidu), Remy Hii (Prince Jingim), Mahesh Jadu (Ahmad) e Uli Latukefu (Byamba) entre outros.

O Arstist's Alley da CCXP 2015

Uma das partes mais empolgantes de estar em uma convenção de quadrinhos é o contato com os quadrinistas que se tanto admira lendo as obras ou vendo os desenhos desses. Assim, a CCXP do ano passado conseguiu trazer, já no seu primeiro ano, grandes nomes de peso internacionais, o principal deles ficou com Scott Snyder, mas esse ano, além de uma boa lista de nomes internacionais, tivemos um dos grandes nomes dos quadrinhos de todos os tempos: Mark Waid. E ele ali, na área de autógrafos dos artistas. Claro que é impossível não citar as participações de Jim Lee e Frank Miller também, mas o destaque dessa matéria é sobre a área logo próxima da entrada destinada apenas para os quadrinistas com grande nome e quem quer apenas vender seu trabalho.
 Sobre os internacionais, David e Meredith Finch marcaram presença, Esad Ribic, além de Mark Waid, já dito anteriormente. Mas a parte dos artistas combina com coisas independentes e materiais novos que não se achariam facilmente. É extremamente gratificante ver as filas dos autores das HQs da Graphic MSP totalmente cheias e de pessoas extremamente felizes. As filas maiores ficavam a cargo de Vitor e Lu Cafaggi, responsáveis por Turma da Mônica Laços e Lições. Mas o material independente dos dois também fazia bastante sucesso. O pouco tempo que consegui bater papo com Lu Cafaggi (antes da abertura oficial do evento) foi o suficiente para entender o grande carinho e dedicação pelos fãs. Shiko também possuía grandes filas e é de se elogiar totalmente seus autógrafos totalmente bem trabalhados. Os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá também marcaram presença, com enormes filas, em consequência. Eric Peleiras e Brão Barbosa (De Eu, Super e Feliz Aniversário, minha amada, respectivamente) também estavam em seus determinados estandes com um carinho enorme de atenção. A conversa com os dois foi bem interessante e totalmente descontraída. Gustavo Borges e Cris Peter também estavam por lá, com o seu novo material Petálas e foram totalmente amáveis. Por fim (em quem tive tempo de conseguir pegar autógrafos e conversar dos quadrinistas nacionais), Rafael Albuquerque, que infelizmente está sem fila nenhuma, marcava presença. Comprei seu novo material (Eight, que sairá com crítica no blog) e um print de uma das capas que ele desenhou para Cavaleiro das Trevas 3.
Conseguimos realizar uma entrevista com Carlos, o quadrinista de “Um sábado qualquer”, na qual disse que a cha a CCXP sensacional para os artistas e que ela tem um formato revolucionário, que definitivamente elevou o Brasil no meio de eventos geeks. Participar do evento através da Arstist’s Alley, para ele, foi uma grande felicidade pois influencia bastante na divulgação do que os artistas fazem, o que acaba os estimulando a produzir mais e melhor para poder acompanhar o nível do evento e se destacar.
Com a parte dos quadrinistas mais desconhecidos é bem mais difícil saber sobre a obra da pessoa, mas é muito mais interessante ter o contato frente a frente, algo que dificilmente aconteceria. Assim, alguns estão para demonstrar trabalhos autorais, outros, vendas de prints (uma das partes mais legais de comprar da convenção) e sketchs para fazer. É extremamente empolgante ver os desenhos saindo na sua frente e aquela empolgação para vê-lo completo é única.

Assim se pode ver o quanto é sensacional a área de quadrinhos, mais conhecida como Artist’s Alley, da CCXP. Com uma variedade absurda e grande dedicação de tempo para ver tudo, é, sem sombra de dúvidas, uma das partes mais legais de toda convenção. É maravilhoso conversar com artistas que vemos apenas de longe e poder perguntar sobre o trabalho da pessoa. Se for na próxima CCXP, não deixe de passar por lá.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Crítica Marcas da Guerra (Trilogia Aftermath - Livro 1)

O lançamento do VII filme da franquia de Star Wars se aproximava do lançamento no cinema e a expectativa era geral. Todos queriam entender um pouco mais sobre o que aconteceu em todo o universo da saga depois dos acontecimentos da batalha de Endor no fim do episódio VI. Assim, o primeiro livro da trilogia Aftermath veio para alavancar as expectativas para o longa e entendermos um pouco mais sobre o que aconteceu com alguns personagens secundários do universo da saga. E ele cumpre, e muito bem, esse papel.
Marcas da Guerra conta a estória do capitão Wedge Antilles, almirante Ackbar, almirante Sloane, Jas Emari, antigo agente imperial Sinjir, o garoto Temmim Wexley e sua mãe, a pilota rebelde, Norra Wexley. Todos afetados e/ou participantes das batalhas durante a grande guerra que se instaurou na galáxia e todos com marcas (como diz o próprio título) da guerra e da última batalha grande entre os rebeldes e o Império.
É necessário começar falando sobre a trama do livro. Qualquer fã do universo expandido de Star Wars gosta de saber mais sobre determinados personagens não-protagonistas das tramas dos filmes da franquia. E é impressionante como Chuck Wendig conseguiu realizar de maneira espetacular a importância e o background de cada uma das personagens que passam pela narrativa. É extremamente bem pensado o quanto eles são palpáveis de estarem em uma guerra e o que sofreram ainda atormentar bem forte. Você se importa com cada um que está ali, independente de que lado batalhou, pois todos têm objetivos e sentidos bem claros.
A melhor coisa de toda a leitura é a interação de mãe e filho entre Norra e Temmim Wexley (SPOILER LEVE AQUI esse segundo inclusive que é um dos principais pilotos da resistência em O Despertar da Força), pois a todo momento ocorre uma culpa da mãe de ter deixado o filho por um tempo para a luta pelo ideal, mas uma certa sensação de dever cumprido e, do lado contrário, uma relação de tristeza pelo “abandono” da figura materna, mas ao mesmo tempo um entendimento de tudo aquilo. É extremamente interessante o como tudo isso é trabalhado de maneira tão simples e direta.
A escrita de Chuck é uma das grandes coisas da obra. Para atingir um público adolescente e adultos, ele opta por uma escrita mais direta e bem mais dinâmica, com capítulos não tão grandes e diálogos bem curtos. Essa forma de escrever, foi perfeita para o desenrolar da estória. Além disso, os interlúdios que são feitos com outros planetas já conhecidos são extremamente geniais. Pode-se ver como um início de fim da guerra e a morte do Imperador e Darth Vader está influenciando na galáxia.
Os maiores problemas do livro talvez sejam 3. O primeiro está relacionado ao ritmo, que é bem lento e isso atrapalha um pouco no rendimento da trama; A segunda é que a estória parece pouco acrescentar, até agora, para a continuidade da franquia nos cinemas; Por fim, a falta de um clímax maior, algo que provavelmente será mais trabalho no decorrer da trilogia.
A edição da Editora Aleph é excelente e fizeram um grande trabalho ao trazer bem próximo do lançamento nos Estados Unidos. Sem nenhum erro de tradução, com um ótimo acabamento e uma excepcional escolha de capa.
Marcas da Guerra é um dos grandes livros da nova safra e do novo cânone de Star Wars. É bem interessante, possui ótimos personagens, uma bela escrita, um final interessante e uma boa introdução do que vem pela frente. Mesmo com os pequenos problemas, nada tira o grande mérito que a obra tem para os fãs e para todo o universo da franquia.

Nota: 8,5/10

Crítica The Ridiculous 6

É difícil gostar de quase tudo que Adam Sandler faz como produtor, roteirista ou diretor. Seu mero papel de atuação, sem interferência na parte criativa, já rendeu bons trabalhos, mas o problema acontece quando Sandler resolve assumir papel no protagonismo da história e aí tudo dá errado. The Ridiculous 6 é mais um desses casos.
O filme conta a estória de 6 irmão que nasceram de mães diferentes e determinado dia, após o pai desses ser capturado, se encontram e decidem ir em busca da libertação do pai e descoberta do abandono de todos eles em vários cantos.
É bom começar falando do roteiro de Adam Sandler. É extremamente ruim, com diálogos totalmente caricatos, um desenvolvimento de personagem horrível e uma continuação de demonstrações de machismo, homofobia e racismo. É impressionante como alguém consiga se divertir em um filme que era para ser de comédia, mas só tem uma cena engraçadinha (destaque para o diminutivo porque ela não tem nem tanta graça assim). Continuando com as bizarras atuações. É impressionante o quanto um roteiro horrível consegue fazer atores bons ficarem fracos. Terry Crews, Jorge Garcia e Steve Buscemi são os casos mais claros disso no longa. É extremamente bizarro ver 3 excelentes atores nos prováveis piores papéis de suas carreiras. Seguindo, com a trilha sonora extremamente fraca, que tenta remeter aos filmes de faroeste da década de 60 e 70, mas não consegue chegar nem próximo disso, além de ser extremamente inconstante. Para finalizar, a duração também é extremamente excessiva, com tempo demais para tentar enaltecer o personagem de Adam Sandler e pouco desenvolvimento de todos os outros, na qual poderiam ter determinada importância, mas só ficam como estereótipos mal realizados.
Positivamente do filme se pode tirar ainda alguma coisa, mesmo que seja bem pouco. A direção de Frank Coraci até que tem certos momentos bons, mesmo nada sendo acima da média. Alguns planos e filmagens chegam até ser um pouco mais interessantes do que tudo. A fotografia também não é a das piores, mas, relembrando, nada demais, apenas não é ruim. Por fim, o twist no final no longa envolvendo o pai dos protagonistas é também bem interessante. Não se espera em nenhum momento o que se revela, mas fica uma grande forçação de piadas horríveis em sequência, que estraga muito o que poderia ser o único momento bom de toda a trama.
O final do longa é muito ruim. Além de toda a questão da história chegar aquele ponto péssima, tenta-se criar uma narração sem um sentido de roteiro, nem objetivado de algo que aconteceu anteriormente. Extremamente jogada e malfeita, o final é uma das coisas mais bizarras que Adam Sandler já conseguiu fazer.
The Ridiculous 6 é um dos piores filmes do ano. Poucos pontos positivos se salvam, numa avalanche de defeitos (e muito grandes). Com um roteiro terrível, personagens péssimos e um desenvolvimento ridículo, a obra é o tipo de trama que Sandler gosta de realizar: com muitos estereótipos e extremamente preconceituosa. Um filme para ser esquecido e ainda é impressionante tentar entender quem do Netflix achou que era uma boa ideia fazer parceria com Adam Sandler.

Nota: 3,2/10

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Crítica Os Molambolengos

Histórias infantis com uma temática de terror são sempre bem interessantes se bem trabalhadas, pois abrem margem de um público geral lê-las e quando ainda possuem uma bela arte, são ainda melhores. Esse é o caso do mais novo lançamento da Aleph, Os Molambolengos.
O livro conta a vida de Selma Sem Limites que chega em um circo e começa a ver o que parece ser uma apresentação de marionetes, mas, com o passar da trama, é possível descobrir algo muito mais sombrio em torno daquilo tudo.
É importante começar falando que toda a estória é escrita pela grande atriz (e agora escritora) Evangeline Lilly, algo que gerou um grande despertar para a leitura de muitas pessoas. E Evangeline não decepciona em nenhum momento, criando uma ótima trama, bem complexa e ao mesmo tempo tão simples e com um belo desenvolvimento da protagonista. Além disso, é bem interessante o contar da trama como se fosse um mega poema (com muitas rimas) e é bom apontar o ótimo trabalho de tradução, que conseguiu transpor totalmente o sentimento que o livro quer passar nas palavras, de Bruna Beber. Por fim, o único ponto negativo que se vê no roteiro é a conclusão da narrativa, que deixa muitos pontos em aberto, na qual serão mais explorados na continuação, algo que poderia ter uma resolução mais satisfatória nesse primeiro.
É importante falar sobre a arte maravilhosa de Johnny Fraser-Allen. O desenhista passa a transposição perfeita de uma imaginação que ao mesmo tempo é aterrorizante e infantil de todas as personagens presentes no livro. É muito interessante a maneira que ele trabalha todos os traços e caracterizações de cada um, realmente um trabalho de gênio. Evangeline não pode perder a continuidade de trabalho com Johnny porque, com certeza, perderá em algo na obra.
A edição da Editora Aleph é maravilhosa e muito bem encadernada. Tem capa dura, um preço bem interessante de capa, e ainda se consegue achar com descontos, e uma excelente tradução, como dito anteriormente. É interessante uma editora que tem publicações focadas mais para a ficção-científica trazer para o Brasil uma obra totalmente diferente, mas muito bem-acabada.
Os Molambolengos é um dos grandes livros infantis com temática um pouco mais adulto que você poderá ler. Ele consegue um total equilíbrio na sua faixa etária, possui uma ótima trama, ótimos personagens e uma arte belíssima, além de um final mega surpreendente. Uma das melhores coisas lançadas nesse ano.

Nota: 9,7/10

Créditos: Foto 1 - CCXP 2015
Foto 2 - Bela Psicose

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Crítica - Scream Queens


Ryan Murphy resolveu apostar novamente no terror, só que dessa vez naquele terror/comédia. Ao lado de Brad Falchuk com quem trabalha em American Horror Story e agora se juntou também com Ian Brennan com quem trabalhou em Glee. Imaginem esse trio, pois é referências no roteiro a seus personagens de outras séries foi o que não faltou na série com mais hype da fall season.
Scream Queens teve inspiração direta de produções audiovisuais já conhecidas pela mídia como Mean Girls, Buffy the Vampire Slayer, Halloween, Scream, Friday the 13th, e Suspiria. O seriado é uma visão moderna para o formato clássico de suspense em que se tenta descobrir quem é o assassino, no qual todo personagem tem algum motivo para matar, ao mesmo tempo em que pode se tornar a próxima vítima encharcada de sangue.
A Universidade Wallace é abalada por uma série de assassinatos. A Kappa House, a fraternidade mais cobiçada do campus, é governada com mão de ferro (e luva cor-de-rosa) por sua Rainha “Bitch” Chanel Oberlin (Emma Roberts). Quando a ex-Kappa Reitoria Munsch (Jamie Lee Curtis) decreta que todos os alunos do campus podem se inscrever para participar da fraternidade, a universidade vira um inferno, como um assassino vestido de diabo causando estragos, fazendo uma vítima a cada episódio. Destaque para a atriz Jamie Lee Curtis, que segundo o próprio Murphy ‘sem ela a série não seria possível’. A atriz também é fã assumida de filmes de terror assim como Murphy e Brad e topou fazer o papel pois a dupla estava bastante interessada e trabalhar com ela.
A direção da série é destoante, tem um começo aterrador dando nuances dos males que o Red Devil pode causar, mas a verdade é que Scream Queens surpreende na direção, quando vai construir certas cenas. Alongando o plano interno, procurando trabalhar sempre mais o interno do que o externo. No entanto, as gravações externas não deixaram a desejar por conta da equipe de produção e figurino da série que estão de deixar o queixo caído.
Apesar da direção ser um primor em muitos aspectos também foi seu revés, em instâncias de desenvolver seus personagens ela acaba por desfrutar de cenas que acabam muita das vezes não interligando com a PLOT, muito menos colaborando para o avanço no roteiro. Ainda sobre a questão técnica a trilha sonora é um espetáculo à parte, a canção de abertura ‘You Belong to Me’ foi co-escrita pela produtora executiva Alexis Woodall e a artista Heather Heywood, na qual canta. E pelo compositor Mac Quayle, que já trabalhou em séries como Mr. Robot, The Knick e Cold Case.
Ao apelar para o alto uso de sangue em suas cenas de matança, os efeitos em muitos momentos não convencem muito. O que vale como ponto negativo além de alguns momentos da direção. Não obstante, o suspense fica muito aquém de atrair alguma curiosidade sobre determinados pontos.
Agora quando se fala em atuações Scream Queens trouxe nomes de peso para compor seu elenco. Começando por Emma Roberts, que já esteve em Scream 4 (último filme da franquia antes do falecimento de seu criador, Wes Craven). A todo momento Roberts consegue roubar a cena com seu jeito de controlador, líder das Kappas, Chanel Oberlin. De certo é possível acompanhar um desenvolvimento de personagem maior por parte dela em relação ao elenco como um todo. Pois ela chega ao fundo do poço, sofre altos e baixos ao longo dos 13 episódios. Já Skyler Samuels que faz Grace a mocinha, mas que corre atrás do perigo até que funciona na série, com sua expressão assustada ela consegue passar aflição de ser perseguida por um assassino serial. E Lea Michele, vindo diretamente de Glee, agora na pele de Hester começa imersa numa personagem prejudicada e aparentemente sem futuro, mas ao longo dos episódios ela deixa uma trilha a ser seguida, algo bem interessante de se acompanhar.
Ainda sobre as atuações como já havia citado, o seriado não teria acontecido sem Jamie Lee Circus, então não há necessidade de dizer o quão importante foi a diretora Dean Cathy Munsch. Ela começa apenas como uma interesseira e invejosa, mas existe uma cena em particular que ela se revela como uma grande sacada no roteiro. Uma personagem que passou determinação e cativou mais os fãs nos episódios finais. E ainda serviu para fomentar críticas sociais, abordando o feminismo.



No elenco masculino Diego Batista que faz Pete o jovem jornalista, que se torna algo importante para o componente principal da série. Os fãs brasileiros devem lembrar dele na novela Rebelde, e os mais viciados em séries da participação dele em Pretty Little Liars. E Glenn Powell com sua cara séria, volta a atuar onde mais tem espaço para se soltar, na comédia. Faz o playboy Chad Radwell com um humor bem escrachado, que chega a ser estranho. E claro Nick Jonas interpretando Boone, trabalhado de forma bem novelesca no seriado, que no fim acabou cumprindo bem seu papel. Sendo esses dois últimos mais estabelecidos a servir como crítica a juventude americana fútil.
A questão é que Scream Queens em meio a esse terror moderno e a comédia, não é feita para os fãs hardcore de terror em si. Pois a série não tem pretensão de assustar, ela pula de um clichê a outro sem problemas. Acredito ser um novo formato que serve apenas para um nicho e pode não agradar em nada o fã de terror tradicional. No fim das contas é um seriado que tem um começo relativamente bom, possui uma recaída ao longo, mas se mantém bem e surpreende com seu final diferenciado, pois consegue fugir do clichê habitual. Por ter sustentado bem sua audiência, portanto, as possibilidades de renovação para uma segunda temporada são altas.


Nota: 7,5

Crítica - One Punch Man


Em uma temporada de Outono bem tímida sobre seus lançamentos no Japão, surgiu One Punch Man como o HYPE da temporada e no fim acabou fazendo jus a sua fandom, do mangá para o anime. A história do personagem Saitama cativou os fãs, trazendo importantes lições como: mudança comportamental, não desistir daquilo que acredita e principalmente fazer aquilo que gosta e se esforçar sempre.
Bem a PLOT desse anime é bem simples, vemos o dia-a-dia de um herói normal que está infeliz por ser forte demais para derrotar todos os seus oponentes com apenas um soco, já que isso não lhe traz mais a sensação de adrenalina ao enfrentar um inimigo poderoso. A obra é originalmente um mangá da Shueisha feito pelo grande Murata-sensei, autor de Eyeshield 21. Entretanto, existe o fato de que OnePunch é um mangá criado por um random qualquer, com o pseudônimo de One, e publicado de forma independente na Internet. O autor segue fazendo o mangá sozinho e postando na Net, enquanto uma nova versão dele é redesenhada pelo Murata e publicada pela Shueisha, mas também com os roteiros do One.
O anime se constitui como paródia e se estabelece bem em seus episódios, confesso que até o capítulo quatro me perguntava se estava assistindo mesmo apenas casos da semana e se de fato essa era mesmo a proposta. Até que fica perceptível o quão o anime não esconde ser uma paródia, e assume isso de forma magnífica. Pois se tem algo no qual One Punch Man é bom é passar carisma de seus personagens. E a todo momento referenciar de alguma forma a cultura japonesa e seu cotidiano. Com diversos clichês do gênero Shounen, sendo uma obra voltada para comédia nonsense.
Sobre a parte técnica, a animação mostrou-se bem fluída, bem adaptada do mangá, ao trazer uma abertura empolgante pela JAM Project (Bakuman, Yu Gi Oh! Duel Monsters GX, Uchuu Senkan Yamato 2199). E o encerramento pela bela voz de Hiroko Moriguchi (Mobile Suit Gundam F91), que traz uma paz interior após a correria do episódio. A voz de Saitama fica a cargo de Makoto FURUKAWA (Gaist Crusher, Aldnoah Zero, Golden Time) ele não é muito conhecido e pega seu terceiro papel como protagonista. Mas por outro lado a voz imponente de Genos fica com Kaito ISHIKAWA (Gangsta, World Trigger, Owari No Seraph, Terraformars, Zankyou no Terror). Destaque para a heroína invejosa Tatsumaki-chan na voz da atriz, cantora e dubladora Aoi YŪKI (Tokyo Ghoul, Dog Days, Nanatsu No Tanzai, Sword Art Online, Soul Eater Not).
O estúdio MadHouse comanda a produção, o que é de esperar de uma animação tão bem executada. Vale lembrar que quase todos da equipe desse estúdio são basicamente freelancers, não são de um estúdio fixo. O diretor foi um dos principais de Space Dandy e conhece inúmeros animadores de grande qualidade. Isso é algo muito bom, pois garante uma animação à altura das cenas de ação e lutas que temos no mangá.
No que diz respeito a direção temos Shingo Natsume-san conhecido por dirigir a lenda viva que é o anime Doraemon. Ele esteve à frente de dois filmes dessa obra. Além de ter sido o diretor de Fullmetal Alchemist: Brotherhood. Natsume-san conduziu com firmeza os 12 episódios trazendo dinâmica as lutas, as alongando tornando-as vitais para o desenvolvimento. Sua linha de construção dos capítulos se comportou de modo bem simples e incisiva. Em apenas 5 episódios é nítida a forma como Shingo opta por construir os episódios. No roteiro temos o não tão conhecido Tomohiro Suzuki em seu segundo trabalho como roteiro completo de uma obra para adaptação. Sendo seu anterior o filme Saint Seiya: Legend of Sanctuary.
Comédia nonsense em sua essência One Punch Man não tem medo de se assumir como paródia o que funcionou para adaptação. Hoje a obra já conquista milhares de fãs ao redor do mundo. E com produção do mangá do mesmo no Brasil pela Panini. Sem dúvida o anime foi um dos que vieram para ficar.


Nota: 9,0

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Podcast #21 Jessica Jones (Netflix)




Nesse cast debatemos sobre a segunda série da Marvel lançada pela Netflix. Jessica Jones, seus personagens, suas referências a HQ, a comparação com Demolidor e claro, o que esperar de sua segunda temporada.

A série se pauta em críticas sociais, se afasta de uma série de uma heroína. Mais um drama pesado, comparado aos da HBO, este contendo críticas sobre abuso, bulimia, mãos tratos de menores, estupro, etc. O seriado veio com uma proposta mais inteligente e trabalha bem seus personagens.

Link de download:https://mega.nz/#!NMZlAC6T!UUYCdwdljb_pj9wqYDnbPXE75ed4ToY54rg8rJ-TS_g


Contato:
Email: sentalaquejavemhistoria@gmail.com
Twitter: @Senta_aicast
Facebook: Senta aí que já vem História



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Crítica Star Wars - O despertar da Força

É difícil falar de Star Wars sem conectar com a vida de muitas pessoas. No meu caso, a trilogia clássica me fez virar nerd e começar a amar cinema ainda mais, só isso tudo. Além disso, esteve presente nos momentos mais legais e mais difíceis de minha vida. Assim, quanto mais próximo chegava o lançamento do episódio VII, mais nervoso eu ficava, porque eu teria aqueles personagens que tanto amo de volta e todo aquele mundo também. Mas o que eu não esperava é que seria bem mais que isso.
Não dá para falar nenhuma sinopse porque é extremamente importante que todos entrem no filme sem saber de nada, apenas vendo os trailers, teaser e spots (podem ver que eles não dizem NADA). Então, nessa crítica falarei um pouco sobre a experiência e todo o sentimento.
É importante começar falando de J.J. Abrams. O diretor, fã da saga, usa e abusa de referências e respeito a toda mitologia de Star Wars. Muito melhor que o criador, um tal de George Lucas, que parecia não saber o que fazia na trilogia nova. Além disso, a direção dele é muito sólida, com ótimos planos, enquadramentos, movimentos de câmera e até alguns excelentes planos longos. É bom falar também da genial trilha sonora de John Willians. Ele reaproveita certos temas da primeira trilogia e as músicas novas complementam muito bem toda a trama. Inclusive (sem spoiler nenhum), ele destrói na cena de finalização do longa.
As atuações são algo a parte. Harrison Ford e Carrie Fisher dão um grande show à parte e parecem visivelmente emocionados voltando a atuar nos grandes papéis de suas carreiras. Mas falando sobre coisa nova, todos estão muito bem. John Boyega transmite um carisma sensacional para o excelente personagem Finn, Daisy Ridley está fantástica como Rey (que, inclusive, é a melhor das personagens novas), Oscar Isaac está muito bem como Paul Dameron e Adam Driver faz o papel de Kylo Ren de maneira sensacional (a entonação de voz é um show à parte). Continuando falando sobre os personagens, BB-8 é uma grande adição para a turma de grandes droides da série. É impressionante o quanto um robô tem de emoções. Snoak (Andy Serkins) também é um bom personagem, mas ainda deve se mostrar mais ao que veio na continuação da trilogia. Capitã Phasma também aparece bem pouco e não as caras para tudo que esperavam (creio que nos próximos filmes terá mais destaque).
Continuando sobre o lado técnico, a fotografia é sensacional. As palhetas de cores muito interessantes e bonitas e o detalhamento de vida em cada um dos planos é fantástico. Uma cena, próxima ao fim, tem um dos planos mais lindos que já vi no cinema. A direção de arte também está sensacional com tudo bem palpável na realidade. Por fim, o roteiro é genial. Reaproveita ideias que já deram certo na saga e consegue estabelecer um tudo novo e sensacionalmente bom.
Algumas pessoas reclamaram de o filme querer ser um remake do episódio IV. Eu discordo muito disso, pois creio que o longa aproveita algumas ideias do original, mas não repete, tem uma ideia de continuação muito clara e digna em tudo ali. Tudo parece novo e não vi nada de tão repetitivo assim.
Star Wars – O despertar da força é o filme que os fãs esperavam desde o Retorno de Jedi. É a volta triunfante de todo esse universo que amamos tanto e de uma maneira totalmente inesperada. Bons personagens, um bom roteiro, bons twists e muita, literalmente, guerra nas estrelas. Não perca tempo e vá correndo para o cinema, porque Star Wars está de volta.

Nota: 10/10
Proxima  → Página inicial